Governo diz que é compatível vender 25% da REN aos chineses

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O secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, afirma que os direitos de voto na REN vão ficar limitados Daniel Rocha

Não há conflito na alienação de capital da REN a uma empresa do Estado chinês, depois de 21,35% da EDP terem também sido vendidos a uma participada do mesmo accionista, a China Three Gorges, defendeu hoje o secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes.

O governante, que falava aos jornalistas à margem de uma cerimónia no Ministério da Economia, salientou que “não existe” conflito entre a participação na EDP e uma entrada da REN e disse também que o assunto está a ser avaliado pelo Governo e pela União Europeia. Prevê-se que os direitos de voto dentro da REN fiquem limitados a um máximo de 25%, sublinhou.

Henrique Gomes disse também que toda a actividade da empresa que gere a rede de transporte de electricidade e de gás natural é controlada, através de concessões, e que “do ponto de vista económico e técnico o Estado terá sempre uma palavra forte a dizer”.

O prazo de entrega de propostas para a compra de 40% do capital da empresa, limitada a 25% para cada concorrente, termina na próxima sexta-feira.

Na corrida estão apenas duas empresas, a chinesa State Grid e a Oman Oil Company, prevendo-se que 25% irão para a primeira e que a segunda ficará com os restantes 15%. Outros dois concorrentes, a britânica National Grid e a Brookfield, desistiram entretanto deste processo. Quanto à EDP, foi a China Three Gorges que venceu o concurso para a compra de 21,35%.

Nas mãos do Estado irão ficar para já outros 11% da REN, que mais tarde estão destinados a ser alienados na bolsa, quando as condições do mercado de capitais melhorarem.

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