Merkel: Europa tem um “longo caminho” a percorrer para restaurar confiança
Citada pela France Presse, a chanceler frisou que “é visível que [os países da zona euro] estão empenhados de uma forma decidida em seguir um caminho para uma moeda estável, finanças sólidas e crescimento sustentável”.
A Alemanha foi poupada pela S&P na noite de sexta-feira, confirmando a sua nota máxima de triplo A e declarando a sua intenção de não alterar o seu ponto de vista nos próximos meses.
Já hoje, o comissário europeu responsável pela regulação dos mercados financeiros disse estar “surpreendido” com o momento escolhido pela S&P para descer a notação de vários países, quando a zona euro está a endurecer as regras orçamentais.
“Quando todos os governos e instituições europeias estão mobilizados para reforçar o controlo das contas públicas da União Europeia, fico surpreendido com o momento escolhido pela agência Standard & Poor’s e com a sua avaliação que não tem em conta os progressos actuais”, indicou Michel Barnier.
Além desta notação, que constitui apenas um aviso entre outros, o que me parece mais importante é a avaliação económica objectiva que fazemos da situação actual”, garantiu o comissário francês, que realiza uma visita à Ásia.
A Standard & Poor’s anunciou na sexta-feira o corte do rating da maioria dos países da zona euro, entre os quais a França, que perdeu a nota máxima, e Portugal, Espanha e Itália, que baixaram dois níveis.
“Reduzimos os ratings de Chipre, Itália, Portugal e Espanha, em dois níveis, os de Áustria, França, Malta, Eslováquia e Eslovénia, em um nível, e mantemos os níveis da Bélgica, Estónia, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Luxemburgo e Holanda”, referia um comunicado da agência.