Maquinistas da CP mantêm greve no Ano Novo

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Foto: Paulo Pimenta

A reunião desta tarde entre o representante dos maquinistas da CP e a administração da transportadora terminou sem acordo. O Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ) decidiu manter a greve total já convocada para 1 de Janeiro e as paralisações às horas extraordinárias até ao fim do próximo mês.

A decisão foi anunciada pelo presidente do SMAQ, António Medeiros, no final do encontro, que demorou cerca de duas horas.

O SMAQ decidiu avançar para a greve para contestar os processos interpostos pela empresa por causa de incumprimento de serviços mínimos na greve geral de 24 de Novembro de 2010, decretados na altura pelo Tribunal Arbitral.

António Medeiros disse recentemente que, de momento, estão em curso cerca de 200 processos disciplinares de maquinistas. Segundo as contas do SMAQ, os processos representam “mais de 650 dias de previsão de suspensão, uma vez que a média de dias de suspensão ronda os quatro”.

A CP lamenta “que o sindicato não tenha reconsiderado a posição”, disse a porta-voz da transportadora, Ana Portela. Na reunião de hoje, segundo explicou ao PÚBLICO, a CP lembrou estar disponível para arquivar os processos “que eventualmente padeçam de alguma irregularidade”. Uma posição que, de acordo com a CP, já tinha sido transmitida nas reuniões que precederam a paralisação do último fim-de-semana.

O primeiro período de greve dos maquinistas, que começou na sexta-feira passada, terminou no domingo, mas as perturbações ainda se fizeram sentir na segunda-feira na circulação de comboios – com supressões e atrasos nas ligações regionais e de longo curso.

Segundo a CP, os três dias de greve total do último fim-de-semana e a paralisação no primeiro dia de Janeiro deverão causar prejuízos na ordem dos 2,5 milhões de euros. Entre sexta-feira e as 12h de ontem, foram cancelados 2.702 comboios.

Notícia actualizada às 17h54
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