Os melhores discos de jazz em 2011

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Escolhas de Nuno Catarino e Rodrigo Amado

1. Peter Evans Quintet

Ghosts

More is More

Um dos mais vitais e criativos "jazzmen" deste início de século, registando um quinteto que atravessa todo o espectro das novas músicas criativas contemporâneas, do jazz, pós-bop e free à música electrónica, passando por referências mais subtis, do rock alternativo à música concreta. R.A.

2. Craig Taborn

Avenging Angel

ECM

Registo de piano solo, avassalador, que recusa todo o tipo de conceitos pré-estabelecidos. Cadências hipnóticas, pequenos motivos etéreos sem aparente destino e melodias de um lirismo absoluto numa música pura que viaja livre no tempo e no espaço. R.A.

3. Wadada Leo Smith

Heart's Reflections

Cuneiform

Leo Smith projecta a herança de Miles no futuro e, longe de outras tentativas inconsequentes, pega no som funk rock tribal hipnótico que Miles destilava nos anos 70 e constrói um album vibrante, entre a experimentação e o puro groove. R.A.

4. Fred Hersch

Alone at the Vanguard

Palmetto

Um novo clássico de piano solo, gravado ao vivo no lendário clube Village Vanguard. A herança de todos os grandes pianistas que por ali passaram funde-se numa música celebratória e intimista, num retrato extraordinário da fragilidade, beleza e poder da música. R.A.

5. Mostly Other People Do the Killing

The Coimbra Concert

Clean Feed

Gravado no festival Jazz Ao Centro, é um disco fulgurante que vai beber directamente à tradição jazz. A responsabilidade cabe a quatro músicos a viver um pico criativo - destaque para o trompete de Peter Evans. N.C.

6. RED Trio & John Butcher

Empire

No Business

Colaboração do trio luso com o reputado saxofonista inglês, numa sessão de improvisação comunicante. Rodrigo Pinheiro, Hernâni Faustino e Gabriel Ferrandini encontraram em Butcher o parceiro ideal para a criação de uma música viva e orgânica. N.C.

7. Farmers By Nature

Out of This World's Distortions

Aum Fidelity

No segundo registo do grupo, Craig Taborn, William Parker e Gerald Cleaver estabelecem definitivamente um novo "blueprint" para o trio de piano, contrabaixo e bateria. Música profundamente orgânica e intuitiva. R.A.

8.Tim Berne

Insomnia

Clean Feed

Longe dos holofotes, o saxofonista Tim Berne dá continuidade à sua revolução silenciosa. Recuperando uma gravação dos anos 90, alarga de novo, de forma inabalável, as fronteiras estéticas do jazz. R.A.

9. Sei Miguel e Pedro Gomes

Turbina Anthem

No Business

Do encontro entre o trompete de Sei Miguel e as guitarras de Pedro Gomes nasceu uma música que, mais do que confronto de ideias, resultou numa impressionante torrente dialogante, atravessando géneros. N.C.

10. Miles Davis Quintet

Live in Europe 1967

Columbia

Recuperadas do turbilhão de "bootlegs" que rodeia a música de Miles, estas gravações prodigiosas proporcionam um mergulho profundo nos processos criativos de uma das bandas seminais da história do jazz. R.A.

Escolhas de Nuno Catarino e Rodrigo Amado

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