Estudo propõe medidas para afastar gaivotas

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Gaivota-d"asa-escura

A forte presença de gaivotas na Área Metropolitana do Porto (AMP) só será atenuada através da "eliminação ou redução acentuada" de alimento e da "tentativa" de impedir o poiso das aves no património, conclui um relatório ontem divulgado. Em Novembro de 2008, a Junta Metropolitana do Porto pediu à Universidade do Porto que estudasse a melhor forma de controlar o fenómeno.

O estudo Controlo da população de gaivotas na AMP, elaborado pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (Ciimar), apresenta como solução mais barata, mais simples e mais eficaz restringir os recursos alimentares às aves. Contudo, refere que esta medida tem a desvantagem de "o seu efeito apenas se fazer sentir a longo prazo". Assim, observa que é necessário "complementar esta estratégia com a adopção de medidas que actuem mais rapidamente", designadamente através de métodos que interditem o uso do espaço por parte das aves.

Quanto à protecção do património, sugere a colocação de dispositivos físicos (redes, cabos e espigões) ou a instalação de dispositivos sonoros em zonas de elevada concentração de gaivotas, como a Lota de Matosinhos. Para concretizar as soluções já referidas, "torna-se necessária a sensibilização e colaboração activa dos munícipes e a interacção destes com equipas de especialistas que actuem nesta área", advertem os autores, que criaram o site(www.gaivotasnacidade.net), que apresenta uma descrição geral do problema e regista as queixas e sugestões dos munícipes.

O Ciimar monitorizou a comunidade de gaivotas nas zonas ribeirinha e costeira de Gaia, Porto e Matosinhos, durante um ano, desde Abril de 2010. Apesar de terem sido realizados 26 censos parciais à comunidade de aves, os técnicos adiantam que "as gaivotas distribuem-se de forma dispersa pela quase totalidade da área dos três concelhos monitorizados, o que impossibilita a obtenção de estimativas para a totalidade da população que frequenta a zona de estudo".

O relatório refere que, "embora tenham sido detectadas na zona de estudo 12 espécies distintas de gaivotas, esta comunidade de larídeos foi claramente dominada por apenas três espécies: a gaivota-de-patas-amarelas (L. cachinnans) a gaivota-d"asa-escura (L. fuscus) e o guincho (L. ridibundus). Lusa

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