Passos Coelho diz que folga orçamental pode chegar a três mil milhões de euros

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Passos Coelho rejeitou ideia de que CGD está frágil. Nuno Ferreira Santos

O primeiro-ministro avançou hoje que o excedente orçamental permitido pela transferência de fundos de pensões da banca pode chegar aos três mil milhões de euros, para o Estado pagar dívidas. Pedro Passos Coelho confirmou ainda que o Governo espera que o défice de 2011 “não fique acima de 4,5%”, adiantando que sem as receitas extraordinárias ficaria perto de 8%.

Passos Coelho adiantou que a folga orçamental pode ser superior aos dois mil milhões que já tinha avançado em entrevista ao PÚBLICO. Segundo o site do Jornal de Negócios, o primeiro-ministro diz que, “à partida”, a transferência cria uma disponibilidade para o Estado injectar na economia, através do pagamento de dívidas, “de pelo menos dois mil milhões de euros que pode chegar aos três mil milhões”.

À margem de uma cerimónia comemorativa dos 20 anos da Volkswagen-Autoeuropa, em Palmela, Passos declarou ainda: “Nós não estamos ainda em condições de dizer qual terá sido a 31 de Dezembro o défice de 2011. A nossa expectativa é que o défice não fique acima de 4,5%, dado o impacto que está estimado para a transferência dos fundos de pensões dos bancos para a área pública”.

O primeiro-ministro adiantou que, sem estas receitas extraordinárias, o défice este ano “andaria muito próximo de 8%”. Ao Correio da Manhã, que hoje noticia que o défice ficará abaixo daquela barreira, explicou que o Governo avançou com o corte nos subsídios de Natal do funcionários públicos e reformados, porque, se não o fizesse, a troika não teria autorizado a utilização do fundo de pensões da banca como medida extraordinária para controlar o défice. A meta acordada para este ano com Bruxelas era de 5,9%.

Notícia actualizada e título alterado às 19h17

: Acrescenta informação sobre o excedente orçamental referido por Pedro Passos Coelho.

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