Nova Confederação dos Serviços de Portugal quer assento na concertação social

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CSP será presidida pela APED, a associação da grande distribuição Enric vive-rubio

A Confederação dos Serviços de Portugal (CSP), que será oficialmente apresentada nesta segunda-feira, vai representar sectores como a grande distribuição, centro comerciais e empresas de telecomunicações, “responsáveis por um volume de negócios da ordem dos 20% do PIB português”, segundo a organização.

Esta nova entidade patronal foi uma iniciativa conjunta de várias associações do sector dos serviços, entre as quais a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), a Associação do Comércio Electrónico e Publicidade Interactiva (ACEPI), Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) e a Associação dos Operadores de Telecomunicações (APRITEL).

A presidência da CSP será assumida pela APED, actualmente liderada por Luís Reis, Chief Corporate Center Officer da Sonae (grupo que detém o PÚBLICO). Ao todo, o novo organismo diz ser responsável por 180 mil postos de trabalho.

Tendo em conta a dimensão, “é inevitável que seja considerada um elemento incontornável no diálogo social”, adianta Luís Reis, presidente da CSP. “Ser parceiro com assento na concertação social é uma questão de tempo”, disse o mesmo responsável, sublinhando que a lei que define os membros da Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) tem mais de uma década. “É impossível que uma lei feita há mais de uma década seja adequada para repercutir a evolução da realidade económica”, acrescenta.

A CPCS é um órgão do Conselho Económico e Social composto por 12 membros e presidido pelo primeiro-ministro. Além de quatro membros do Governo, têm assento quatro representantes das confederações sindicais (CGTP e UGT) e quatro das organizações patronais (Confederação da Indústria Portuguesa, Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, Confederação dos Agricultores de Portugal e Confederação do Turismo de Portugal).

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