Acordo franco-alemão é “crucial” mas “insuficiente”, diz FMI

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Christine Lagarde, directora-geral do FMI Foto: Henry Romero/ Reuters (arquivo)

A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, saudou ontem o acordo franco-alemão para um novo tratado europeu, considerando, no entanto, que este “não será suficiente” face a uma situação económica “extremamente grave”.

“É particularmente apropriado que os dirigentes europeus e em particular o presidente francês Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Angela Merkel tenham decidido que os procedimentos avancem de facto”, disse Christine Lagarde.

Num discurso no Instituto Europeu em Washington, Lagarde considerou apropriado que os dirigentes europeus, e em particular o Presidente francês Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Angela Merkel tenham decidido dar andamento aos processos.

“Este início, enquanto meio de compromisso que vemos a ser delineado progressivamente, é crucial”, considerou Lagarde, apesar de sublinhar que “não é suficiente por si só” e que “é preciso mais para que a situação no seu conjunto seja regulamentada e que a confiança seja restabelecida, não só nos mercados, como nos investidores e consumidores”.

Lagarde sublinhou ainda a necessidade de uma estratégia para “os dois, três ou quatro próximos anos”, nomeadamente para que os investidores saibam “onde vão abrir novas fábricas e onde vão investir”.

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, concordaram na segunda-feira propor um novo tratado europeu – englobando os 27 Estados-Membros da União Europeia ou os 17 países da Zona Euro – e sanções automáticas para os países cujo défice ultrapasse três por cento do produto interno bruto.

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