Herman Cain não resiste a escândalos sexuais e desiste da Casa Branca

Foto
O candidato fez o anúncio acompanhado da mulher, em Atlanta Foto: John Adkisson/Reuters

Herman Cain, o candidato que no mês passado liderava a corrida das primárias republicanas para escolher o adversário de Barack Obama nas eleições do próximo ano anunciou a suspensão da sua campanha.

Cain não resistiu a três acusações de assédio sexual e à revelação, esta semana, de que teria mantido um caso extra-conjugal com uma quarta mulher ao longo de anos.
O anúncio foi feito frente a uma plateia de apoiantes e ao lado da sua mulher. “Suspendo a minha campanha por causa das incessantes diversões que não param de me magoar a mim e a minha família”, disse no cenário que deveria ser a sua nova sede de campanha em Atlanta (Geórgia).

“As falsas acusações destabilizaram a minha credibilidade para propor soluções às pessoas”, explicou Cain, antes de reafirmar a sua inocência e de insistir que está de consciência tranquila perante Deus, a sua mulher, a sua família e os seus apoiantes.O anúncio põe fim a uma campanha inédita que levou um antigo empresário da restauração, de origens modestas do sul do país e de raça negra, à “pole position” da primária republicana.

O ritmo a que subiu nas sondagens foi acompanhado pela sucessão de acusações de assédio sexual, e por um acumular de “gaffes” (nomeadamente em questões de política internacional). Os apoios foram desaparecendo e os donativos para a campanha também.

As revelações, na semana passada, de Ginger White, uma mulher que afirma ter sido sua amante ao longo de 13 anos, foi a gota que fez transbordar o copo.

A última sondagem que foi conhecida neste sábado, dizendo respeito aos eleitores do Iowa – onde se realiza a primeira consulta eleitoral no processo das primárias no dia 3 de Janeiro –, não deixa margem para dúvidas: Cain recebe apenas 8% das intenções de voto, contra os 23% que lhe eram atribuídos no final de Outubro.

Sugerir correcção
Comentar