António Miguel Alegria nomeado director do Museu de Évora

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Historiador ficará no cargo de director até à abertura de concurso Paulo Ricca

O historiador António Miguel Alegria foi nomeado director do Museu de Évora, em regime de substituição, depois de o antigo responsável ter pedido a demissão do cargo, segundo foi publicado hoje em Diário da República.

Pertencente ao quadro de pessoal do Museu de Évora, o novo director, que inicia funções na quinta-feira, é licenciado em História pela Universidade Autónoma de Lisboa e tem mestrado em Museologia e Património pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Contactado hoje pela agência Lusa, o historiador e museólogo António Miguel Alegria explicou que aceitou o lugar por ser em regime de substituição, já que o prazo até ao lançamento de um novo concurso para o cargo “é muito curto”.

“Vamos esperar pela lei orgânica do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC). Assumirei o cargo até ao concurso e, depois, logo se verá”, limitou-se a adiantar.

O cargo de director do Museu de Évora é ocupado, há quase dois anos, pelo professor da Universidade Nova de Lisboa António Camões Gouveia, que revelou à Lusa ter pedido a cessação da comissão de serviço para voltar à vida académica.

“Creio que, neste momento, é mais importante o trabalho que eu possa fazer na universidade do que aquele que, apesar de pessoalmente me dar muito gozo, poderei estar a fazer no Museu de Évora”, admitiu o director cessante.

António Camões Gouveia garantiu que não tem “qualquer tipo de divergência” com a tutela e assegurou que a experiência profissional que teve como director do Museu de Évora “foi das mais enriquecedoras”.

“Muito em breve passarei a voluntário do museu”, acrescentou.

Na semana passada, o deputado socialista Carlos Zorrinho entregou, no Parlamento, um requerimento a questionar o Governo sobre a alegada intenção de passar a tutela do Museu de Évora do IMC para a Direcção Regional de Cultura do Alentejo.

No documento, o também líder parlamentar do PS alertou para “o risco de desclassificação do Museu de Évora com os consequentes impactos nas suas condições de funcionamento”.

O Museu de Évora possui um acervo de mais de 20 mil peças, que integram ourivesaria, desenho, pintura, escultura, lapidária, azulejaria, paramentaria, mobiliário, cerâmica, numismática ou naturália (objectos curiosos da natureza), entre outras categorias.

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