Doentes não urgentes fora das urgências e IPO com gestão única

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Propostas já foram apresentadas ao ministro Paulo Macedo e são tornadas hoje públicas Foto: Fernando Veludo/Nfactos/arquivo

A possibilidade de atender os doentes triados como “não urgentes” fora das urgências hospitalares e a criação de um único Instituto Português de Oncologia (IPO) são duas das propostas avançadas pelo grupo técnico para a Reforma Hospitalar.

A construção do Hospital Oriental de Lisboa em regime de Parceria Público-Privada (PPP), o fim do Curry Cabral e da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) e a transformação dos actuais três IPO num único Instituto Nacional de Oncologia são algumas das principais propostas que o grupo técnico para a Reforma Hospitalar, presidido por José Mendes Ribeiro, fez ao ministro Paulo Macedo e que serão apresentadas hoje.

Nos cuidados de saúde primários, para retirar pressão das urgências hospitalares e sobre algumas classes profissionais, o grupo sugere que as consultas de especialidades hospitalares sejam feitas em centros de saúde e que sejam transferidas actividades da área médica para a de enfermagem.

Outra das propostas apresentadas pelo grupo técnico passa pela centralização da gestão dos três IPO num único Instituto Nacional de Oncologia, que terá um único conselho de administração em vez dos actuais três. A ideia é replicar este modelo também aos próprios serviços, centralizando áreas como as compras, entre outras.

O relatório final não se limita a apresentar propostas para redimensionar a actual rede hospitalar, mas propõe ainda um processo de ajustamento a três anos dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), além de avançar com outro tipo de sugestões, como a liberdade de os portugueses escolherem o hospital independentemente do seu local de residência.

Numa primeira fase, o grupo técnico defende a integração do Curry Cabral e da MAC no Centro Hospitalar de Lisboa Central - composto pelo São José, Santa Marta, Capuchos e Estefânia. O plano de fusão abrange ainda a concentração de recursos e todos os serviços de transplantação. E, daqui a três anos, com a entrada em funcionamento do futuro Hospital Oriental de Lisboa, este megacentro hospitalar passará para a futura unidade da capital.

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