Irmãos a tempo inteiro, duplas desportivas em “part-time”

São irmãos e fazem carreira no desporto. Eis uma lista extensa a que não faltam também nomes portugueses

Na NBA, Marc e Pau Gasol são uma das duplas mais conhecidas
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Na NBA, Marc e Pau Gasol são uma das duplas mais conhecidas
As irmãs Williams mostram a cumplicidade também dentro dos courts Reuters
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As irmãs Williams mostram a cumplicidade também dentro dos courts Reuters

Jogar lado a lado com um irmão não está ao alcance de todos, mas há “sortudos” como as Williams, os Bryant, os Neville ou os Gasol que fizeram das duplas familiares uma chave para o sucesso. A cumplicidade das irmãs Williams é visível dentro e fora dos “courts”, quer nos resultados individuais (as duas somam, entre si, 20 títulos de Grand Slam), quer nos colectivos, já que, além dos 12 troféus conseguidos como dupla nos quatro principais torneios, ascenderam ao primeiro lugar do “ranking” mundial de pares femininos em Junho de 2010.

Do lado masculino, as norte-americanas só têm paralelo nos irmãos Bob e Mike Bryan, simplesmente conhecidos como os Bryan, um exemplo singular no ténis, devido às mais de 270 semanas no topo da classificação e à acumulação de 75 títulos, 11 dos quais do Grand Slam. Também no ténis, as irmãs Arantxa e Dinara idolatraram e copiaram Emílio Sánchez Vicario e Marat Safin, respectivamente, tendo a espanhola tido mais sucesso do que o irmão, algo que a russa, apesar de ter sido número um mundial, não conseguiu cumprir até ao momento.

Dentro das quatro linhas e com a bola nos pés, o mundo pôde assistir às exibições de Gary e Phil Neville na seleção inglesa e no Manchester United, às dos gémeos holandeses Frank e Ronald de Boer, respectivamente defesa e médio que vestiram a camisola da “laranja mecânica” dos anos 90 até aos primeiros anos deste século, ou de Filippo e Simone Inzaghi, os avançados italianos que começaram no Piacenza e chegaram à “squadra azzurra”.

Também nas selecções

Mais curioso do que ver dois irmãos partilharem lugar na selecção só mesmo ver dois meios-irmãos alinharem por nações diferentes, como aconteceu com Jerome Boateng e Kevin-Prince Boateng no Mundial 2010, quando a Alemanha e o Gana se encontraram. Filhos de um imigrante de Gana (de mães diferentes) e nascidos em Berlim, os dois optaram por representar países diferentes: Kevin-Prince escolheu a nação do pai depois de não ter sido convocado pela Alemanha, enquanto Jerome nunca teve dúvidas sobre a nação pela qual queria alinhar.

Portugal também não escapa à regra dos futebolistas irmãos, como o comprovam Maniche e Jorge Ribeiro, e até Luisão, o capitão do Benfica que tem Alex da Silva a representar a família no Flamengo. Na velocidade, Ralf não fugiu à linhagem dos Schumacher, tentando, sem sucesso, alcançar Michael, sete vezes campeão mundial, e tendo de se contentar com o facto de fazer parte da única dupla de irmãos a vencer corridas na Fórmula 1.

A síndrome do irmão mais novo também atingiu Marc Gasol, que tem a difícil missão de ser na NBA o sucessor de Pau, talvez o melhor basquetebolista espanhol de sempre, ao contrário do que se passou com os manos Schleck. Andy, o mais novo, é o herói desta família de ciclistas luxemburgueses, já que é Frank quem se sacrifica pelos resultados. A mesma questão não se coloca na família Sánchez, uma vez que a vida no ciclismo de Luis León Sánchez nada tem a ver com a de futebolista do Getafe Pedro León.

No panorama nacional, os irmãos Ricardo e Hugo Santos tornaram-se, em Agosto, os primeiros portugueses desde 2008 a garantir o apuramento para a Omega Mission Hills World Cup em golfe, um sucesso semelhante ao que Gonçalo e Vasco Uva conseguiram na seleção nacional de râguebi e no clube francês Montpellier.

Também famosas são as duplas formadas por Manuel e Pedro Mello Breyner, no automobilismo, e por Domingos e Dionísio Castro, já retirados, no atletismo. E como qualquer lista de irmãos não podia ficar completa sem eles, há um “Tico” (União de Leiria) e um “Teco” (Mata), mais concretamente os gémeos Tiago e Telmo Cadete, no futsal nacional.

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