Sócio de Duarte Lima no Bairro do Aleixo

A CDU do Porto defendeu, ontem, que "o processo de demolição do Bairro do Aleixo deve ser suspenso" e toda a operação imobiliária a ele associada "reconsiderada". Em causa está o facto de um dos principais detentores do Fundo Especial de Investimento Imobiliário (FEII) que gere o processo estar envolvido no processo que levou já à detenção de Duarte Lima e do filho deste, Pedro Lima (ver páginas 8 e 10). O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, garante que o processo vai continuar.

À margem da inauguração do novo pavilhão do Bairro do Lagarteiro, o presidente da câmara classificou o pedido da CDU como "um disparate", garantindo: "Nem vou comentar isso, o processo é para levar até ao fim e é o que vou fazer." As dúvidas sobre o futuro do FEII surgiram depois de o nome de Vítor Raposo ter aparecido associado ao processo em que Duarte Lima é suspeito de burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal. Raposo, que é sócio de Pedro Lima, foi deputado do PSD e colega de Rui Rio na Assembleia da República entre 1991 e 1995. Actualmente, o empresário detém 23% do capital do FEII do Bairro do Aleixo, designado Invesurb, estando 57,7% nas mãos da Espart (do Grupo Espírito Santo) e 19,3% nas mãos do município.

Ontem, a CDU e o Bloco de Esquerda pronunciaram-se contra a continuação do processo.

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