Passos Coelho: imprevisibilidade da crise não pode levar a laxismo

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Passos Coelho recebeu hoje em São Bento o presidente do eurogrupo, Jean-Claude Juncker José Manuel Ribeiro/Reuters

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, avisou hoje que Portugal não pode confundir a imprevisibilidade do actual contexto de crise com laxismo no trabalho que o país tem a fazer.

“Se o contexto em que navegamos é tao incerto e imprevisível, o pior seria confundir essa incerteza e imprevisibilidade com qualquer laxismo do trabalho que temos de fazer”, afirmou, salientando que, quanto “mais incerto é o contexto em que nos movemos, mais necessário é atingir objectivos a que nos comprometemos”.

Passos Coelho falava na conferência sobre “Que modelo de governação económica para uma união monetária? Lições de uma crise”, que se realizou na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e que contou com a presença do presidente do eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

Passos Coelho reiterou que o executivo vai cumprir com as metas fixadas para 2011 (redução do défice para 5,9%) e que, em 2012, terá de ser feito um esforço maior.

Nesse sentido, o Orçamento do Estado apresentado pelo Governo é “o instrumento certo” para garantir que Portugal cumpre com as metas acordadas com Bruxelas, reforçou. O primeiro-ministro salientou ainda que não vale a pena perder muito tempo com teorias do crescimento enquanto o país não corrigir o desequilíbrio das contas públicas.

“Não vale a pena dizer que não há sustentabilidade sem crescimento, porque também não se pode crescer no futuro sem disciplina orçamental”, afirmou. “Temos de encarar isto como gente crescida e madura. Não vale a pena chorar sempre pelos mesmos argumentos. Temos de fazer o ajustamento não para empobrecer como castigo, mas porque sem isso não há condições para crescer”, conclui Passos Coelho.

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