Relvas admite avaliar não cortar um dos subsídios

"Todas as propostas [para o Orçamento do Estado] são possíveis de ser avaliadas”, diz o ministro dos Assuntos Parlamentares

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Para o ministro, “o que é inegociável é o objetivo de Portugal no próximo ano ter 4,5%” Rui Gaudêncio

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, admitiu que “todas as propostas [para o Orçamento do Estado] são possíveis de ser avaliadas”, incluindo a manutenção de um dos subsídios dos funcionários públicos, como pretende o secretário-geral do PS.

“Todas as propostas são possíveis de ser avaliadas. Têm que ser avaliadas, têm que ser vistas na dimensão que elas produzem nas consequências dos objectivos que têm que ser atingidos, mas a atitude que o Partido Socialista teve foi uma atitude muito construtiva e muito positiva”, afirmou Miguel Relvas aos jornalistas.

Questionado sobre como pretende compensar a nível do Orçamento do Estado que apenas um dos subsídios seja cortado, Miguel Relvas respondeu: “São matérias que têm que ser tratadas com capacidade técnica, é isso que está a ser feito”.

Votação final a 30 de Novembro 

“Há sempre abertura para conversarmos com outros partidos políticos, é isso que temos feito com o Partido Socialista, temos conversado no Parlamento, os deputados da maioria e os deputados do Partido Socialista”, afirmou. "A votação [final global] é no dia 30 de Novembro, há ainda um caminho a percorrer.”

Para o ministro, “o que é inegociável é o objectivo de Portugal no próximo ano ter 4,5 por cento” de défice, porque “já passou o tempo de ilusões, já passou o tempo de se apresentar orçamentos que à partida se sabia que não eram concretizáveis”. “Estamos sempre abertos a propostas que permitam que os objectivos se possam atingir”, afirmou.

O secretário-geral do PS, António José Seguro, anunciou na quinta-feira a abstenção dos socialistas na votação do Orçamento do Estado, acrescentando que o objectivo do partido é que seja mantido um dos subsídios dos funcionários públicos.

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