"Angst", de Graça Castanheira vence prémio Ulisses

“Angst” é uma reflexão sobre o estágio actual da humanidade

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Angst, de Graça Castanheira DR

O documentário “Angst”, da portuguesa Graça Castanheira, venceu o Prémio Ulisse Melhor Documentário do festival francês CINEMED, Festival International de Montpellier, anunciou a produtora Filmes do Tejo.

“’Angst’ conquistou o júri pela sua audácia. A abordagem do tema é comprometida; a realização, os enquadramentos, a montagem e o texto narrado dão ao filme uma identidade firme, tornando-o uma surpreendente lufada de ar fresco no panorama do documentário contemporâneo. ‘Angst’ é um objecto singular que, apesar da sua atmosfera e da ausência de personagens, resulta num documentário forte e densamente humano”, justificou o júri.

Num registo muito pessoal, Graça Castanheira, de 49 anos, professora de Cinema Documental e Práticas de Realização na Escola Superior de Teatro e Cinema, apresenta em “Angst” uma reflexão sobre o estágio actual da humanidade.

Ocupação do planeta

Nele, a cineasta “analisa os impasses do desenvolvimento humano, da superpopulação ao risco de esgotamento do espaço disponível para a ocupação do planeta e dos stocks de energia disponíveis para o funcionamento da civilização como a conhecemos. Explora, ainda, as contradições de uma espécie sem predadores que se impôs sem conseguir até agora afirmar a sua superioridade com um equilíbrio sustentável”, lê-se na sinopse no site do Festival Internacional de Documentários brasileiro “É Tudo Verdade”, em que “Angst” participou em Abril deste ano.

O documentário de Graça Castanheira foi escolhido de entre dez candidatos internacionais em competição no CINEMED, em que se contavam “Mulheres do Hamas”, da palestiniana Suha Arraf, “Cinema Komunisto”, da sérvia Mila Turajlic, e “Al Final de la Escapada”, do espanhol Albert Solé.

Antes deste prémio, “Angst” (53’, 2010) tinha já sido distinguido no festival CineEco 2011, com uma Menção Honrosa na competição internacional e o Prémio da Juventude Universidade Lusófona, e no festival Cineport 2011, com o Prémio de Melhor Documentário Troféu Andorinha Curta.

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