Ordem dos Arquitectos resolve problema da representação na Bienal de São Paulo
A iniciativa da Ordem “mostra que há dinamismo para além da Direcção-Geral das Artes”, disse ao PÚBLICO o director-geral das Artes Samuel Rego. “E se há área dotada de capacidade para romper internacionalmente é a arquitectura, e fico genuinamente feliz por isso.” A mudança de Governo e a situação do país levaram a DGArtes a assumir que não tinha condições para, como aconteceu nas edições anteriores, escolher um comissário e organizar uma representação. Foi pedida ajuda à Ordem, que procurou uma exposição já pronta e em condições para enviar para São Paulo. A ida da exposição será paga pela Ordem, e tem um patrocínio da Robbialac.
A ideia de mostrar o trabalho de arquitectos portugueses no Japão partiu de Yutaka Shiki e Gonçalo Baptista quando ambos trabalhavam no atelier de João Luís Carrilho da Graça. Mas não quiseram fazer uma exposição tradicional, mostrando desenhos e maquetas. Optaram por fazer entrevistas com os oito ateliers que escolheram: João Ventura Trindade, Ricardo Carvalho+Joana Vilhena, Ricardo Bak Gordon, João Luís Carrilho da Graça, Manuel Aires Mateus, Inês Vieira da Silva+Miguel Vieira, Nuno Brandão Costa e Eduardo Souto de Moura.