Governo vai propor ajustamentos ao acordo com a troika

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Passos Coelho quer envolver o PS nos ajustamentos ao acordo com a troika Miguel Manso

O Governo vai propor em Novembro à troika Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI “alguns ajustamentos” no financiamento concedido a Portugal.

O objectivo é conseguir “soluções de maior flexibilidade” para a economia, segundo disse o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, numa conferência de imprensa ontem, no final da cimeira ibero-americana que se realizou em Assunção, Paraguai.

“Iremos propor alguns ajustamentos ao nosso programa de assistência economica e financeira, tendo em conta a realidade do cenário macro-económico e a evolução das principais variáveis, desde o momento em que o programa foi desenhado e aprovado até ao momento presente”, afirmou Passos Coelho.

O primeiro-ministro disse ainda que dialogará com “outras forças sociais e políticas”, em particular com o PS, sobre os termos do ajustamento a propor à troika. O PS, segundo Passos Coelho, “deve manter conhecimento e envolvimento nas sucessivas avaliações e ajustamentos que o programa deve ter”.

Passos Coelho não confirmou, nem desmentiu a notícia avançada ontem pelo semanário Expresso de que Portugal necessitará de mais 25 mil milhões de euros, além dos 78 mil milhões que fazem parte do programa acordado com a troika.

“Não tenho conhecimento de nenhumas declarações do senhor ministro das Finanças nesse sentido e posso mesmo acrescentar que muito estranharia que fizesse declarações nesse sentido”, disse.

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