Benfica arranca com promessa de goleada, mas acaba a defender vantagem mínima

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Rodrigo marcou os dois golos do Benfica Hugo Correia/Reuters

Da promessa de uma goleada tranquila na primeira parte à intranquilidade e incerteza do resultado na segunda metade. Foi entre estes dois extremos que oscilou o Benfica na recepção ao Olhanense. Aos 13’, a equipa da Luz já vencia por 2-0, contabilizando o golo mais rápido do campeonato até ao momento. Mas a progressiva descida de produção dos “encarnados” e um golo dos algarvios no início do reatamento prolongaram a emoção até ao final do encontro.

Fosse qual fosse o plano que Daúto Faquirá preparara durante a semana, não viveu mais do que 25 segundos. Tudo porque a equipa da casa entrou em campo disposta a terminar o mais cedo possível com qualquer incerteza que pudesse existir em relação à conquista dos três pontos. Marcou nos dois primeiros remates à baliza de Fabiano e a expectativa de uma goleada ganhou forma. Não seria essa a história da partida.

Dois jogadores do Benfica foram os principais protagonistas da tempestade que varreu os algarvios nos primeiros minutos: Maxi Pereira, regressado ao lado direito da defesa, depois de uma lesão, mas, fundamentalmente, o jovem Rodrigo Moreno, autor dos dois golos e uma aposta ganha de Jorge Jesus. Aimar e Gaitán foram as restantes novidades do técnico em relação ao jogo com o Beira-Mar.

Os dois golos foram desenhados no flanco direito do Benfica. No primeiro, o atacante espanhol isolou-se perante Fabiano e, com o pé esquerdo, dirigiu a bola para o poste mais distante da baliza. No segundo, o atacante formado nas camadas jovens do Real Madrid cabeceou sobre a linha, após um grande sprint e cruzamento de Maxi. Foi o segundo remate do encontro para os “encarnados”, que alcançavam uma eficácia de 100 por cento na finalização.

Uma vantagem confortável, que permitiu aos lisboetas baixarem o ritmo e cederem alguma iniciativa ao Olhanense. Mas os algarvios não estavam preparados para responder e a reacção traduziu-se num vazio atacante, com a excepção de um tímido e inofensivo remate de Wilson Eduardo, aos 25’.

Faquirá mexeu na equipa antes e durante o intervalo e o Olhanense e tirou da cartola um plano B para o reatamento. Em apenas dois minutos, agitou o jogo, quando um erro colectivo da defesa benfiquista deixou o lateral João Gonçalves cruzar na direita para Wilson Eduardo, sem oposição, finalizar, apontando o primeiro golo dos algarvios para o campeonato no Estádio da Luz do século XXI. Um golo fabricado por dois jogadores emprestados pelo Sporting.

A memória do empate (1-1) alcançado em Alvalade, por este mesmo Olhanense, passou então a pairar no encontro. A equipa mostrou-se mais atrevida e, acima de tudo, agressiva, travando, por todos os meios, as tentativas do Benfica para alcançar o golo da tranquilidade. Este chegou a ser festejado na Luz, aos 69’, mas foi anulado a Cardozo, por um fora-de-jogo que deixou muitas dúvidas. A incerteza prosseguiu até final e Djalmir ainda fez gelar o estádio, em tempo extra, num remate interceptado por Luisão.

POSITIVORodrigo

Os dois golos-relâmpago do internacional espanhol sub-21 foram fundamentais para a vitória do Benfica.


Wilson Eduardo

Marcou o golo que rendeu um ponto ao Olhanense em Alvalade e voltou ontem a somar para a sua contabilidade pessoal, que o torna o melhor marcador da equipa. Continua a tentar mostrar que merece um oportunidade no Sporting.


NEGATIVODefesa do Benfica

Muito facilitismo no golo do Olhanense, que serviu para intranquilizar a equipa durante toda a segunda metade e fazer nascer esperança num conjunto algarvio que se encontrava moribundo.


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