Colt Resources vai explorar ouro em Évora e Montemor-o-Novo

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Preço do ouro tem estado em alta nos mercados Reuters/Arnd Wiegmann

A empresa canadiana Colt Resources vai assinar, a 2 de Novembro, os contratos com o Governo português para avançar com a exploração experimental de ouro em duas freguesias dos concelhos de Évora e Montemor-o-Novo, foi hoje anunciado.

“A ‘luz verde’ [da Direcção-Geral de Energia e Geologia] está dada, mas os contratos vão ser assinados a 2 deNnovembro”, revelou hoje à agência Lusa Jorge Valente, Chief Executive Officer (CEO) da Eurocolt, empresa criada em Portugal pela Colt Resources.

Segundo o responsável, a “luz verde” do Governo envolve, não só a exploração experimental de ouro nas freguesias de Nossa Senhora da Boa-Fé (Évora) e Santiago do Escoural (Montemor-o-Novo), mas ainda a prospecção regional do mesmo minério “em vários concelhos à volta”.

O anúncio de um novo contrato de concessão de ouro no Alentejo, a formalizar na “próxima semana”, foi feito hoje pelo ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, que não especificou qual a empresa envolvida.

“No sector mineiro, na próxima semana será anunciado um novo contrato de concessão de exploração de ouro no Alentejo e, nos próximos meses, serão ainda anunciadas novas concessões”, afirmou o ministro, que falava na Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho.

Contactado pela Lusa, o responsável máximo da Eurocolt, detida a cem por cento pela canadiana Colt Resources, confirmou que a Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) atribuiu as licenças que a empresa aguardava para a produção experimental e prospecção de ouro no Alentejo.

Escusando-se, para já, a revelar qual o investimento, Jorge Valente precisou, contudo, que a produção experimental, a instalar numa área de 10 quilómetros quadrados, pretende aferir a qualidade e quantidade do minério.

“Consiste em testar os vários processos metalúrgicos, mineralúrgicos e mineiros, porque uma mina é uma coisa complexa. Vamos confirmar a qualidade do minério, a possibilidade de produção, vamos tentar confirmar tudo o que temos e optimizar os processos”, disse.

Uma fase importante para aferir a “viabilidade económica e financeira” da exploração de ouro naquelas duas freguesias alentejanas, realçou.

Jorge Valente lembrou que várias empresas, anteriormente, efectuaram prospecções na zona e que, nos “próximos três anos”, a Eurocolt vai testar esses e outros indícios acerca das mineralizações de ouro.

Uma das últimas empresas a efectuar prospecções de ouro na zona de Escoural foi a Iberian Resources, empresa de capitais australianos que, depois, fez um acordo de associação (uma joint-venture) com a Colt Resources.

“Se tudo der certo, ao fim do terceiro ano já temos a mina aberta para começar, então, a produção normal, uma produção industrial”, assegurou.

Quanto à prospecção regional, a incidir em concelhos como “Vendas Novas, Viana do Alentejo ou Alcácer do Sal”, além de nos municípios de Évora e Montemor-o-Novo, o CEO da Eurocolt adiantou que os trabalhos pretendem verificar “se existem e como são” as mineralizações de ouro nessas áreas.

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