Banqueiros portugueses na segunda divisão das remunerações na Europa

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O presidente do Crédit Suisse recebeu 9,2 milhões no ano passado Christian Hartmann/ Reuters (arquivo)

Os principais banqueiros portugueses são dos que menos recebem em salários na Europa, mas mesmo assim estão à frente dos dinamarqueses, noruegueses, holandeses e belgas, refere um estudo de analistas da consultora Alphaville.

O documento, noticiado hoje no jornal diário francês Le Parisien, indica que os executivos dos principais bancos portugueses receberam em 2010, em média, cerca de 845 mil euros por ano, estando em nono lugar num ranking que inclui treze países.

A lista dos mais bem pagos banqueiros europeus é liderada pelos britânicos (5,7 milhões de euros anuais), logo seguido dos suíços (4,4 milhões) e dos espanhóis (3,7 milhões).

A seguir aos banqueiros espanhóis, situam-se os máximos responsáveis dos bancos alemães (3,3 milhões), italianos (1,9 milhões), suecos (1,3 milhões), austríacos (1,2 milhões), franceses (865 mil euros) e portugueses, de acordo com o estudo.

A lista dos treze países estudados fecha com os dinamarqueses, com 796 mil euros, os holandeses (623 mil euros), os noruegueses (537 mil euros) e os belgas (250 mil euros). Em todos estes países as remunerações do trabalho são em média substancialmente superiores às praticadas em Portugal.

Individualmente, a maior remuneração pertence a Robert Diamond, presidente do Barclay’s, com 11,5 milhões de euros, logo seguido de Brady Dougan, do Crédit Suisse, com 9,2 milhões, Alfredo Sáenz, do Santander, com 7,9 milhões, e Stuart Gulliver, de HSBC, com 7,2 milhões.

O estudo refere ainda que, em alguns casos, uma parte do dinheiro, para além do salário propriamente dito, é pago com acções atribuídas aos executivos. Essas acções representaram, por exemplo, 7,8 milhões de euros da remuneração de Robert Diamond.

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