Domingos volta à prova preferida e pode resolver já o apuramento
Domingos Paciência trocou a Pedreira por Alvalade, local onde perdeu o terceiro lugar para o Sporting no último jogo pelo Braga no campeonato da época passada. À frente dos "leões" falhou o primeiro jogo oficial, empatou com o Olhanense (1-1), depois foi a Aveiro e empatou novamente (0-0); e perderia com o Marítimo em casa (2-3). Foi a Europa a repescá-lo: primeiro com a eliminação do Nordsjaelland, que permitiu a entrada na fase de grupos da Liga Europa. Aqui chegado, tem um percurso imaculado, só com vitórias, sobre o Zurique e a Lazio. Hoje é a vez do Vaslui (20h05, SIC).
Foram estes triunfos europeus que deram a Domingos o balão de oxigénio para se manter em Alvalade. E as transferências dessas vitórias para o campeonato - Paços, Rio Ave, Setúbal e Guimarães - ajudaram a trazer o leão à tona.
O técnico leonino chama-lhe a conquista da "identidade". À procura da oitava vitória consecutiva, o Sporting nunca mais perdeu pontos em casa desde o Marítimo, no final de Agosto. "O jogo de amanhã [hoje] é importante, porque nos permite dar um passo importante rumo ao objectivo de passar esta fase de grupos. A equipa está forte, está com os níveis de confiança altos e começa a ganhar identidade a jogar em casa. Se assim continuar a acontecer, sairemos com a vitória", afirmou Domingos, referindo-se ao jogo com o Vaslui, a formação romena que se apresenta hoje em Alvalade, segunda do Grupo C com dois pontos, longe do líder que é o Sporting, com seis.
Um triunfo hoje sobre o Vaslui e um empate entre Zurique e Lazio - somam ambos um ponto - darão automaticamente a qualificação aos "leões. Algo que o técnico português não quer, para já, assumir. "O Vaslui é uma grande equipa, empatou em Roma e em casa com o Zurique. Não é uma equipa fácil e tem valor", avisou. "Sabemos que saímos vitoriosos em dois jogos, mas ainda há mais quatro para fazer", lembrou, vincando que a liderança "é uma responsabilidade boa".
Insúa e Onyewu de foraPara o jogo, Domingos não poderá contar com Insúa (castigado) e Onyewu (lesionado), além de Rodríguez, que também está com problemas físicos. "Espero que isso não tenha influência no rendimento da equipa. É natural que durante a época situações como estas aconteçam. O sector mais afectado é a defesa, mas temos outros jogadores perfeitamente identificados", argumentou o treinador, que conta com Wolfswinkel, o avançado que já marcou dez golos em 14 jogos - incluindo frente ao Zurique e Lazio.
O holandês sublinha o bom momento que a equipa atravessa e afirma que a senda vitoriosa é para manter. "Se continuarmos a vencer, não se sabe onde as coisas poderão terminar", contou ao site da UEFA. Ele, que marcou oito golos nos últimos sete jogos, mostra-se satisfeito por ajudar a equipa: "Neste momento estamos a jogar muito bem e devemos continuar assim."
Domingos terá também um reencontro: será com o médio do Vaslui Milos Pavlovic, que já actuou na Académica, quando era ele o treinador. "Há três anos, marquei ao Sporting e agora gostaria de voltar a fazê-lo", disse o sérvio, que elogiou Domingos. "Faz parte de uma nova geração de treinadores."