"Já ouviram falar de Tegucicalpa? E que tal de Sandnes ou Brunswick? Provavelmente não. Neste momento são apenas palavras estrangeiras difíceis de pronunciar".
O objectivo do projecto CitID é completar o mapa mais democrático e estilizado do mundo. No site qualquer designer profissional ou amador pode fazer "upload" da imagem gráfica que tem da sua cidade. "Grande ou pequena, rica ou pobre, famosa ou nem por isso, conhecida ou anónima", escrevem Frode e Jacob, membros do estúdio de design Norweigan Ink.
Da última vez que o P3 espreitou, o site tinha recebido 358 desenhos, provenientes de 79 países e em representação de 263 cidades distintas, algumas com nomes que nem a Wikipédia consegue identificar.
Trata-se de uma colecção de cartazes que revelam detalhes de cidades que provavelmente nunca iremos conhecer. São simples posters, obras de arte ou um bom motivo para visitar a cidade X ou Y.
“Queremos que os criativos de todo o globo façam um logo ou uma interpretação visual da cidade mais próxima do seu coração”, lê-se no site.
As cinco identidades de Lisboa
No limite, o CitID quer que cada cidade deixe a sua marca — algo que favorece tanto a cidade como o autor de cada obra devidamente identificado no CitID. "Pensámos que as capitais e as principais cidades açambarcariam o espaço, mas não foi o caso".
O site tem sido bombardeado e até já tem um cantinho português. Para mostrar Braga, João Loureiro inspirou-se nos azulejos. O Porto passou a ser uma cidade simétrica pelas mãos de João Pereira e um dos ex-libris de Coimbra foi redesenhado pela Zana de Campos Moraes.
Lisboa também ganhou cinco identidades: a cidade imaginária (de Miguel Silva), a cidade dos descobrimentos (de Zana de Campos Moraes), a cidade dos corvos (de Nuno Aguiar), a cidade apaixonada (de André Beato) e a cidade das muralhas (de Pedro Semeano).
Se acrescentarem mais algum ponto no mapa, avisem.
