Produção na construção agrava tendência negativa com quebra de 10,1% em Agosto

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Desemprego no sector afecta cerca de 93 mil trabalhadores Lara Jacinto

Em Agosto, o índice de produção na construção, um dos sectores que mais se tem ressentido da crise, recuou 10,1% face ao mesmo período de 2010, informa o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em termos mensais, a variação homóloga negativa do índice de construção registada em Agosto agrava em 0,2 pontos percentuais a queda sentida em Julho, altura em que o índice regrediu 9,9% face ao período homólogo do ano passado, segundo dados hoje divulgados pela autoridade estatística nacional.

A engenharia civil foi o segmento cuja produção mais se ressentiu em Agosto, sofrendo o índice uma variação homóloga de menos 11%, maior que a assinalada no mês anterior (menos 10,3%). Já o índice de construção de edifícios, embora tenha diminuído “mais intensamente em Agosto”, experimentou, neste mês, uma quebra homóloga de 9,1%, que compara com a registada em Julho (9,5%).

A construção tem sido um dos sectores mais afectados pela crise, com repercussões directas ao nível do emprego. O volume de emprego no sector da construção baixou 10,2% em relação a Agosto de 2010, em linha com a variação homóloga de menos 10,3% registada em Julho.

De acordo com o INE, em Agosto o índice (bruto) de emprego na construção e obras públicas foi de 67,2, quando em Janeiro se situava nos 70,9.

No final do segundo trimestre do ano, 92.900 trabalhadores deste sector estavam no desemprego, o que corresponde a uma fatia de quase 14% do número total de portugueses sem emprego, segundo a mesma fonte estatística.

Quanto ao índice de remunerações, em Agosto apresentou uma redução homóloga de 3,5%, mais atenuada do que a quebra de 6,9% registada em Julho. Face ao mês anterior, as remunerações diminuíram 11,7%.

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