Necessidade de esterilização torna processo "mais complexo" que construir carros

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As novas garrafas produzidas pela Tetra Pak Pedro Cunha

A máquina A6, um colosso de 14 metros de comprimento, cinco de altura e 42 toneladas, apresenta duas inovações: a injecção por moldagem e o processo de esterilização por gás.

A injecção por moldagem é o processo que permite ligar a manga de cartão ao topo de plástico, em apenas 1,4 segundos, "o tempo que leva a aquecer e depois arrefecer o plástico", explica Jon Mikaelson.

Jon chegou à Tetra Pak vindo da indústria automóvel, onde ganhou experiência em linhas de montagem de grande dimensão.No entanto, garante que fabricar embalagens para líquidos é, "do ponto de vista técnico", "mais complexo" do que construir carros "porque há uma nova dimensão que é a biológica, a dos microrganismos, que faz uma diferença enorme".

Para garantir que a TEA seria segura para os consumidores, isto é, livre de bactérias, a Tetra Pak desenvolveu um novo processo de esterilização por gás de peróxido de hidrogénio (mais conhecido por água oxigenada).

Ao contrário do sistema antigo, em que água oxigenada era aplicada em estado líquido, o novo sistema exige um apertado controlo do fluxo de ar, para garantir que "todas as superfícies são atingidas". "A indústria aeronáutica utiliza muita desta tecnologia", sublinha Jon Mikaelson.

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