Índia apresenta o Aakash, o tablet mais barato do mundo

Foto
Governo espera que o Aakash dê um novo impulso ao ensino indiano Parivartan Sharma/Reuters

O Governo indiano vai subsidiar um tablet, que estará disponível aos estudantes por apenas 1100 rupias (cerca de 16,8 euros). Com esta medida, o Executivo pretende impulsionar a literacia informática.

O Aakash – que significa “céu” em hindi – ajudará, espera o Governo, a mitigar as desigualdades sociais no acesso à Internet, bem como a solucionar parte dos problemas educacionais da terceira maior economia da Ásia.

“Os ricos têm acesso ao mundo digital, [do qual] os pobres têm sido excluídos. O Aakash vai acabar com este fosso digital”, disse ontem Kapil Sibal, ministro das Telecomunicações indiano, na apresentação do produto em Nova Deli, citado pelo jornal britânico Financial Times.

O Governo indiano vai inicialmente comprar 100 mil tablets por 2250 rupias cada (aproximadamente 34 euros) à empresa que desenvolveu o produto, a britânica DataWind, e depois vendê-los às escolas a um preço subsidiado a 50%, anunciou Sibal, segundo a agência Bloomberg. Isto torna o Aakash o tablet mais barato do mundo até ao momento.

O objectivo do Executivo passará por adquirir 10 milhões de dispositivos nos próximos cinco anos, que serão utilizados nas escolas para ensinar os alunos, explica Sibal.

O Aakash, que possui um ecrã de sete polegadas e funciona com o sistema operativo Android, da Google, deve fazer explodir a procura de tablets na Índia. Segundo as estimativas do analista de mercado IDC, no próximo ano a procura destes dispositivos no país asiático deve aumentar 66%, para 266 mil unidades.

A Índia, a segunda nação mais populosa do mundo, tem 4,2 computadores por cada 100 pessoas, ao passo que 63 em cada 100 indianos possuem telemóvel, de acordo com o analista de mercado CyberMedia. Apesar de estar bastante atrás das outras economias emergente no acesso à Internet, estes números tornam a Índia no segundo maior mercado mundial de telemóveis, a seguir à China.

Sugerir correcção
Comentar