Austeridade não é solução para crise, diz Dilma Rousseff

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Dilma Rousseff com Yves Leterme, primeiro-ministro belga Thierry Roge/Reuters

A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, garantiu hoje, em Bruxelas, que não tomará medidas de austeridade fiscal para fazer frente aos efeitos da crise económica e destacou que medidas recessivas só levam à “estagnação e ao desemprego”.

A declaração foi feita por Dilma Rousseff após um encontro bilateral com o primeiro-ministro belga, Yves Leterme, dominado pela crise económica e financeira global.

“Dificilmente se sai da crise sem aumentar o consumo, o investimento e o nível de crescimento” económico, frisou Dilma Rousseff, lembrando o passado brasileiro nas décadas de 1080 e 1990, em que foram adoptadas medidas “extremamente recessivas”.

Para a Presidente brasileira, estas políticas só serviram para gerar estagnação e desemprego, o contrário do que considera dever ser a prioridade dos governos em períodos de recessão ou de abrandamento do crescimento. “Os países devem agir para evitar que seus povos vivam o desemprego e perdas dos direitos sociais”, defendeu a Presidente, acrescentando que o Brasil tem conseguido aliar crescimento a distribuição de rendimentos.

No encontro bilateral de hoje, Dilma Rousseff garantiu o apoio belga a um lugar permanente do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

Dilma Rousseff está na Europa para a V Cimeira União Europeia/Brasil, que hoje se inicia e onde a Presidente brasileira e uma comitiva de cinco ministros se vão reunir com vários líderes europeus e da zona euro

Os encontros acontecem semanas depois de o Brasil ter mostrado abertura para o grupo dos maiores países emergentes (os BRICS – Brasil, Rússia, China e África do Sul) financiarem em dólares os países europeus através do Fundo Monetário Internacional (FMI), para os países em dificuldades lutarem contra a crise das dívidas na zona euro.

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