Grécia confirma que vai falhar metas de défice para 2011 e 2012

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Governo liderado por Georges Papandreou aprovou este domingo medidas adicionais de austeridade Foto: Thierry Roge/Reuters

O Governo grego confirmou este domingo, após uma reunião extraordinária, que não vai cumprir as metas do défice para 2011 e 2012 fixadas pela Comissão Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Central Europeu.

Segundo os dados divulgados pelo Ministério das Finanças grego, o défice orçamental deverá atingir os 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, longe dos 7,6% acordados com a troika. Para 2012, as previsões apontam para um défice de 6,8% do PIB, enquanto a meta era de 6,5%.

“São esperados três meses críticos até terminar 2011 e a previsão final do défice de 8,5% do PIB poderá ser alcançada se a máquina estatal e os cidadãos responderem de forma adequada”, referiu o ministério helénico, em comunicado. O projecto do orçamento para 2012 será enviado na segunda-feira para o Parlamento grego.

O Conselho de Ministros extraordinário, convocado pelo primeiro-ministro Georges Papandreou para ultimar medidas de ajustamento orçamental, ocorre depois de uma semana de negociações entre as autoridades gregas e os inspectores internacionais da denominada troika, composta por especialistas da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu.

Segundo um comunicado dos líderes da troika, o envio de uma nova tranche de oito mil milhões de euros, necessária para que o país consiga saldar os seus compromissos financeiros, está dependente do que os parceiros da zona euro decidam na reunião marcada para 13 de Outubro.

No mesmo comunicado, o Ministério das Finanças grego referiu ainda que aprovou este domingo medidas adicionais que vão permitir poupar 6600 milhões de euros este ano e em 2012. O Governo não especificou, até ao momento, quais serão estas medidas.

Na mesma nota informativa, o ministério grego assinalou que a contracção da economia será maior do que o esperado e subirá 5,5% do PIB, em vez dos 3,8% previstos. Para 2012, a contracção irá situar-se entre os 2 mil e os 2500 milhões de euros.

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