A moda dos "supper clubs" já está a pegar por cá

E ires jantar sem saberes onde?

O Green Caterpillar foi criado pelo chef Vítor Claro DR
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O Green Caterpillar foi criado pelo chef Vítor Claro DR
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À mesa destes clubes somos todos amigos. Bem, se não formos, rapidamente passamos a ser. Este é o conceito dos "supper clubs", também conhecidos como restaurantes "undergound" ou mesmo como restaurantes clandestinos. A ideia não é nova mas em Portugal parece que só agora está a começar a dar nas vistas.

Encontrar um destes restaurantes, que é como quem diz, casas particulares, pode ainda não ser uma tarefa fácil. São poucos e, ao bom estilo "undergound", estão escondidos. Nunca é certo quando servem "brunches", almoços ou jantares, e a morada, essa, só é dada à última da hora. As redes sociais e os blogues são os seus cartões-de-visita e o "passa a palavra" é a forma mais eficaz, muitas vezes, de os ficarmos a conhecer.

O P3 foi conhecer quatro "supper clubs" de Lisboa. O Prato Improvisado, de Inês Saraiva e Filipa Gambino, serve um almoço por mês. O Hush-Hush Garden é afinal o jardim de Susana. O chef Vítor Claro criou o Green Caterpillar e quer surpreender. Para divulgar a gastronomia japonesa, Yuko Yamamoto tem o Kome Escondido.

Coordenadas só na véspera

Quem dita as regras são os responsáveis pelo jantar, ou seja, os proprietários das casas, e quem quiser jogar só tem que os acompanhar no mundo virtual, a única forma de se ficar a conhecer o programa das festas.

Sempre que houver um jantar, será publicado nas suas páginas. Primeiro o evento e só depois próximo da data é que é conhecido o menu. Quem gostar e quiser participar só tem que enviar um email para reservar um lugar. Um dia antes são dadas as coordenadas para o lugar do jantar e depois é só pagar o donativo, que depende do menu dos jantares. Aqui não se fala nem de preços nem de clientes.

Em cidades como Nova Iorque ou Londres a moda já pegou há muito tempo e são cada vez mais os americanos e ingleses que abrem as portas das suas casas para servirem refeições a desconhecidos. Até os chefs da alta "cuisine" começam a render-se aos encantos desta experiência.

Jamie Oliver já confessou, num programa dedicado ao tema, ser um adepto dos "supper clubs". E há também um português, pois claro, em destaque em Londres: o chef Nuno Mendes, criador do requisitado The Loft Project, que é, nada mais, nada menos, que a sua casa. 

No início começou como um simples "supper club", mas hoje já não é Nuno Mendes que cozinha mas sim chefs convidados por si. No fim, sentam-se todos à mesma mesa, cozinheiros e convidados. Uma moda que lá fora se continua a reinventar e que por Portugal se tenta, para já, instalar.

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