Administração central contratou 6500 funcionários no primeiro semestre

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Rui Gaudêncio (arquivo)

Os Estado continuou a contratar trabalhadores para a administração central durante a primeira metade deste ano, apesar do congelamento em vigor.

Foram contratados 6500 trabalhadores até ao final de Junho, e apenas o facto de as aposentações terem excedido esse número permitiu uma diminuição do número de trabalhadores da administração central, noticia hoje o Diário Económico, com base em números do Ministério das Finanças e da Caixa Geral de Aposentações.

O jornal explica que o Ministério das Finanças o informou de que “no final do primeiro semestre existiam 507.965 trabalhadores com vínculo de emprego ao Estado na Administração Central”. Como no final de 2010 existiam 512.355, segundo o Boletim do Observatório do Emprego Público, houve uma redução líquida de 4390 trabalhadores.

No entanto, como entre o início deste ano e o final de Junho se reformaram 10.886 funcionários, segundo dados da Caixa Geral de Aposentações citados também por aquele jornal, aquela redução líquida significa que entraram 6496 trabalhadores para a administração central.

No Orçamento do Estado para 2010 as contratações ficaram congeladas, apenas podendo acontecer em casos excepcionais e sujeitas a autorização prévia do Ministro das Finanças, e no Orçamento para 2011 assim se mantiveram para a Administração Central.

O Ministério das Finanças remeteu a explicação destas entradas para o próximo Boletim do Observatório do Emprego Público.

Perante estas informações, Bettencourt Picanço, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), denunciou o que considera ser a falta de transparência neste processo de contratações, alertando também para o desequilíbrio na gestão da administração pública.

“Aquilo que nos parece é que entraram mais de 50 por cento dos trabalhadores que saíram da administração central. E, se assim foi, não está a funcionar, de facto, o congelamento. Nós estamos conscientes de que há muitos serviços da administração pública carecidos de trabalhadores, mas precisávamos de saber se é para esses serviços que os trabalhadores que estão a ser admitidos estão a ser conduzidos ou não”, disse à rádio TSF.

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