Juíza indefere marcação de assembleia de credores da TNC
O coordenador nacional do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos, Fernando Fidalgo, afirmou à Lusa que na base da decisão judicial esteve “a falta de apresentação de um plano de viabilização da TNC”. Uma situação que o dirigente sindical e os trabalhadores disseram não entender.
“Pensávamos que a juíza tinha de marcar primeiro a assembleia de credores para depois se apresentar o plano de recuperação, mas parece que judicialmente as coisas funcionam ao contrário”, esclareceu o dirigente sindical, “nada satisfeito com o desfecho”.
“A TNC precisa de trabalhar, todos os credores a consideram viável e está aqui uma juíza a condenar a empresa ao encerramento. Não tem consciência de que está a pôr em causa 126 postos de trabalho”, acusa Fernando Fidalgo.
De acordo com o sindicalista, a juíza deixou, no entanto, a porta aberta para se, entretanto entrar um plano de recuperação, ela o possa apreciar.
“Por isso, vamos reunir esta noite com o representante da dona Luzia Leal [proprietária da TNC] no sentido de amanhã às 09h00 entregarmos esse plano de recuperação à juíza”, disse Fernando Fidalgo.
Os trabalhadores afirmam que vão pernoitar nos 51 camiões que esta manhã trouxeram de Alverca até ao Campus da Justiça e dizem que ficarão estacionados em frente ao tribunal até que a juíza analise e tome uma decisão sobre o plano de recuperação a ser entregue amanhã.
O processo de insolvência da Transportadora Nacional de Camionagem foi publicado a 5 de Janeiro de 2010 e em assembleia de credores, realizada a 11 de Julho, ficou decidida a sua liquidação. Os trabalhadores estão em luta e continuam em vigília na sede da empresa desde 14 de Julho.
Notícia actualizada às 19h44