A Liga está a começar e o FC Porto já olha a concorrência de cima
O novo técnico do FC Porto, Vítor Pereira, tinha avisado na véspera do início do campeonato: se a concorrência se distraísse podia começar cedo a perder pontos. Os campeões nacionais aproveitaram os empates dos restantes candidatos ao título para começarem a temporada com vantagem sobre a concorrência. Um golo de Hulk, de grande penalidade, foi suficiente para segurar o triunfo frente ao Vitória de Guimarães.
No estádio onde perdeu os primeiros pontos da Liga passada, o FC Porto voltou a sentir dificuldades. Pela frente esteve um Vitória transfigurado face ao embate da Supertaça. Em relação a Aveiro, foram os “dragões” a fazer alterações no onze – Maicon e Ruben Micael deram lugar a Otamendi e Guarín –, mas foram os vimaranenses a mudar realmente. Sem mexer nos titulares, a equipa de Manuel Machado mostrou maior agressividade e causou maiores dificuldades ao campeão nacional.
Os “azuis e brancos” estiveram ainda longe da qualidade de jogo da temporada passada e passaram por alguns arrepios durante a segunda metade do encontro, mas a maior capacidade individual dos seus jogadores acabou por resultar no triunfo. Foi de grande penalidade que o FC Porto construiu a vitória: em cima do intervalo, Olegário Benquerença considerou faltoso um encosto de Leonel Olímpio sobre Kléber e marcou grande penalidade. Nilson ainda defendeu para o poste o remate de Hulk, mas a bola acabaria por entrar.
Até ao golo portista, o jogo foi equilibrado e intenso, ainda que a primeira grande oportunidade do encontro tenha surgido apenas um pouco antes da meia hora. Kléber apareceu solto na pequena área e rematou cruzado para defesa de Nilson. Três minutos depois, responderam os vimaranenses, num grande momento de Jean Barrientos: depois de deixar dois adversários para trás, cruzou de letra para Toscano que, na área, permitiu a defesa a Helton. Poucos minutos volvidos, o jovem reforço uruguaio voltou a estar em destaque, recebendo um passe comprido nas costas da defesa, mas, na cara do guarda-redes, rematou em seco.
Reagiu o FC Porto perto do final da primeira parte, novamente por Kléber: isolado frente a Nilson, permitiu que o guarda-redes fizesse a mancha. Depois veio o golo e o intervalo, mas no reatamento os portistas pareciam dispostos a sentenciar o jogo. A força de Hulk voltou a pôr Nilson à prova, com um remate desviado para canto.
Porém, acabou por ser o Vitória a ter mais posse de bola no segundo tempo, ameaçando a baliza contrária, mas quase sempre sem objectividade que permitisse criar reais situações de golo. O tempo foi passando e, ao contrário do ano passado, o empate vitoriano não chegou.
POSITIVO e NEGATIVO
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Hulk
O FC Porto nem sempre foi dominador no encontro, mas sempre que precisava de ser afoito encaminhava o jogo para o camisola 12. Foi dos seus pés que nasceram quase todas as jogadas de perigo. E o remate caprichoso que valeu o golo.
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Relvado
Duas equipas com homens capazes de tratar bem a bola mereciam um melhor tapete verde. Seja reflexo do Verão ou do interregno do campeonato, a verdade é que, no final do encontro, o relvado do Afonso Henriques apresentava dezenas de buracos que, de quando em vez, atrapalharam os artistas.
FC Porto, 1
Jogo no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.Assistência
19.812 espectadores.
Nilson, Alex, N’Diaye, João Paulo, Anderson, El Adoua, Barrientos, Leonel Olímpio (João Alves, 66’), Targino (Paulo Sérgio, 66’), Faouzi (Saucedo, 66’) e Toscano.
TreinadorManuel Machado.
FC PortoHelton, Sapunaru, Rolando, Otamendi, Fucile, Souza, Guarin (Ruben Micael, 62’), João Moutinho, Varela (Belluschi, 73’), Hulk e Kléber (Falcao, 67’).
TreinadorVítor Pereira.
ÁrbitroOlegário Benquerença, de Leiria.
AmarelosJoão Moutinho (39’), Leonel Olímpio (44’), Anderson (45’), El Adoua (45’+3’), Souza (70’) e Rolando (77’).
Golo0-1, por Hulk (g.p.), aos 45’.
Notícia actualizada às 23h24