Jesus diz que resultado justo seria 3-0 e elogia Luisão

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Jesus ficou contente Foto: Carlos Manuel Martins

O treinador do Benfica ficou satisfeito com a resposta da equipa no início de época e com o resultado frente aos turcos do Trabzonspor.

Disse que justo seria 3-0, lembrando pelo menos dois penáltis não assinalados. E mostrou-se satisfeito com a sua defesa, mais propriamente com Luisão, que diz contar no presente (e não no passado ou futuro). Já a entrada de Maxi Pereira estava prevista.

“Pelo pouco tempo que temos, apenas quatro semanas, os jogadores ainda não estão na plenitude das suas qualidades, por isso a equipa surpreendeu-me pela positiva, não esperava que resistisse aos minutos do jogo”, destacou Jorge Jesus, elogiando o bom segundo tempo do Benfica.

Resistimos à ansiedade dos adeptos

“A segunda parte foi melhor, resistimos fisicamente e jogámos melhor. O primeiro golo foi importante, marcar vale muito nestas eliminatórias”, destacou. “Jogámos com muita experiência, aprendemos um pouco a lição, antes entrávamos para ganhar a Champions ou a jogar ao ataque, agora sabemos resistir”, lembrou.

“Os adeptos querem que cheguemos a área adversária de forma rápida mas já não jogamos assim”, confessou Jesus.

Sobre o adversário, disse já estar à espera do jogo dos turcos. “Sabíamos que esta equipa é forte no contragolpe, o [número] 17 é muito forte na saída e a equipa gosta de jogar para esse ponta-de-lança”, contou.

Sem sofrer golos

O técnico disse também estar contente por não ter sofrido golos. “Mais uma vez não sofremos golos e contra uma equipa boa. Na pré-época sofremos sempre golos, excepto no último jogo antes deste”.

Acerca da vitória, afirmou ter sido escassa. “O resultado certo seria 3-0, há uma grande penalidade – para não dizer duas – e isso podia ter ditado um jogo diferente. A solidez na defesa, principalmente o Luisão – parecia que tem treinado todos os dias com a equipa – foi uma boa surpresa”.

Além do brasileiro, que chegou tarde da Copa América, Jesus lembrou o jogo do uruguaio Maxi Pereira, que chegou na véspera de avião.

Luisão é o presente, não o futuro

“Também o Maxi [jogou] e não devia ter jogado, mas sabia que o Rúben [Amorim] ia cair e, por isso, tinha o Maxi no banco. Saiu tudo bem”, referiu.

E comentou as palavras de Luisão, que abriu a porta da saída da Luz e que usou a braçadeira de capitão. “Eu vivo o futebol dia-a-dia. Podemos olhar para o futuro mas o presente é que conta – dia 3 o Luisão joga em Istambul”, atirou. E defendeu o central. “Teve uma opinião pessoal naquilo que disse, mas em campo tem grande profissionalismo – consegue manter este nível aos 30 anos. O passado e o futuro não me interessam, interessa é com quem posso contar agora”.

Nolito ainda não joga para a equipa

O treinador dos “encarnados” ainda teve tempo de falar sobre o reforço Nolito. “Entrou no período que o Trabzonspor começou a dar mais espaço, antes tinha jogado atrás da linha da bola. Na segunda parte os passes nas verticais entraram, a segunda linha do adversário deixou espaço nas costas”, analisou.

“O Nolito é um jogador que ainda joga muito sozinho, ainda não se adaptou, o que também é positivo nas jogadas de um-contra-um”.

Luta saudável na baliza

A exibição de Artur e ter Eduardo no banco são dois aspectos positivos para Jesus. “Ter dois bons guarda-redes nunca é dor de cabeça, isso é querer e não ter. O Eduardo é titular na selecção portuguesa por mérito próprio e há uma luta a dois pela baliza do Benfica”, destacou.

Jorge Jesus comentou ainda o papel dos adeptos. “Os adeptos desde que cheguei têm estado comigo e com a equipa – o passado não conta, mas no primeiro ano voltaram a sentir orgulho e a sentirem-se felizes e a dizerem alto e bom som que são fortes”, lembrou.

“Hoje estiveram 37 mil pessoas, já foi um princípio muito bom, foram eles que nos empurraram para a vitória”.

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