Nem pequeno, nem almoço. Vamos ao "brunch"?

Cada vez mais um ritual urbano de fim-de-semana

No VIP Lounge, no Porto, o brunch é servido no 19.º andar Paulo Pimenta
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No VIP Lounge, no Porto, o brunch é servido no 19.º andar Paulo Pimenta
Miguel Manso
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Miguel Manso

Não é "fast food" e isto porque exige tempo. Afinal, são duas refeições numa: pequeno-almoço tardio e almoço que também o pode ser. O "brunch" (ainda) não é um hábito, mas anda na boca de alguns.

A origem é norte-americana e todos lhe prestam a devida vénia. Um pequeno-almoço ("breakfast") que se une a um almoço ("lunch") para inventar um "brunch".

Começou como ritual familiar domingueiro e tornou-se moda por terras de Obama.

Chegou a Portugal despercebido, mas começa a querer sair do armário como ritual urbano - de fim-de-semana, sobretudo, porque se há coisa que o "brunch" exige é tempo para degustar o que pode ser uma refeição pantagruélica apresentada em forma "buffet". Na sua versão original, pelo menos.

Um apelo cosmopolita

Porque há declinações pouco ortodoxas em que os princípios do brunch são baralhados e servidos selectivamente: há-os como pequenos-almoços de linhagem anglo-saxónica (ou seja, com ovos mexidos e bacon, sobretudo); e há-os como almoços de aparência mais leve e sofisticada - e aqui a distinção entre as refeições "tradicionais" é mesmo apenas uma questão de nomenclatura, em que "brunch" parece ter ganho em apelo cosmopolita.

Porém, para cumprir inteiramente a sua vocação, o "brunch" deve começar com o pequeno-almoço (com tudo a que se tem direito, aqui, em Inglaterra e nos EUA) e fazer a transição (com mais ou menos desvios gastronómicos) para o almoço, o que significa ter um prato quente, pelo menos.

E deve ter um início mais tardio para haja mais disponibilidade para apreciar a amplitude da sua versatilidade: até pode ser um dois-em-um, mas no "brunch" o resultado é maior do que a soma das partes.

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