Inflação na zona euro manteve-se nos 2,7 por cento em Junho

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Os preços do petróleo têm feito subir a inflação Nélson Garrido (arquivo)

Este valor, que significa que no corrente mês o nível médio de preços terá sido 2,7 por cento mais elevado que o de Junho de 2010, revela no entanto que a inflação no conjunto dos 17 países do euro continua há sete meses acima do objectivo de médio prazo definido, pelo BCE, que é de um valor próximo mas abaixo de dois por cento.

Este aumento do nível de preços a um ritmo mais elevado que o desejado pela autoridade monetária europeia, que tem estado associado sobretudo à subida dos preços do petróleo e outras matérias-primas como os alimentos, é consistente com a manutenção da expectativa de novos aumentos das taxas de juro directoras na zona euro, com o consequente aumento nas prestações de crédito a pagar por famílias e empresas em Portugal.

Depois de uma subida continuada de Dezembro até Abril, para 2,8 por cento, a inflação dá agora sinais de estabilizar, após um primeiro aumento da principal taxa directora do BCE para 1,25 por cento em Abril, mas a um nível que não deverá evitar nova subida proximamente. Na habitual conferência de imprensa do início deste mês, o presidente do banco, o francês Jean-Claude Trichet, assinalou já que pode ser decidido um novo aumento de taxas na reunião da próxima semana, sem no entanto se comprometer com isso.

Até agora, a maioria das análises disponíveis tem apontado para que no final do ano a taxa de refinanciamento do BCE possa chegar a 1,75 por cento/ano, arrastando uma subida das taxas Euribor, a que está indexado grande parte do crédito à habitação e às empresas em Portugal.

O valor divulgado pelo Eurostat resulta de uma estimativa rápida, motivo por que não contém dados desagregados por países ou por grandes componentes. Pode sofrer ainda ligeiros ajustamentos.

Notícia actualizada às 10h50
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