Juros da dívida portuguesa batem novos recordes
É nas Obrigações do Tesouro a três anos que a subida se faz mais sentir, para mais de 12,6 por cento, mas esta tendência estende-se aos restantes prazos.
Nos juros da dívida a dez anos, também se bateu hoje um novo recorde, desde a adesão ao euro, situando-se nos 10,704 por cento.
Já nos juros das Obrigações do Tesouro a cinco anos a subida é de 29,2 pontos para 12,243 por cento.
As discordâncias entre o Governo alemão e o Banco Central Europeu sobre a Grécia estão também a afectar o comportamento dos juros da dívida em Espanha e na Irlanda.
O desacordo entre o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, e o ministro alemão das Finanças Wolfgang Schaeuble, tem tido efeitos fortemente negativos nos mercados.
O presidente do BCE apelou aos Estados-membros da União Europeia, no dia 9 de Junho, para que estes rejeitem o pedido do ministro Schaeuble para que os investidores privados assumissem uma parte “substancial” do último pacote de ajuda à Grécia.
“Os gestores de dívida e os ministros das Finanças de Itália, Portugal e Espanha podem não ficar contentes com a pressão que as palavras de Trichet está a colocar nos seus custos de financiamento”, comentou à Bloomberg um director do Barging Asset Management em Londres, Toby Nangle.
Um ano depois da ajuda de 110 mil milhões de euros, a Grécia permanece arredada dos mercados financeiros e precisa de um novo pacote de ajudas para cobrir um “buraco” de 90 mil milhões de euros durante os próximos três anos.
Notícia actualizada às 13h13