Inventor neozelandês testa com sucesso um propulsor voador

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No ano passado, a revista “Time” mencionou a invenção de Martin como uma das mais aguardadas do mundo DR

Desde a década de 1980 que Glenn Martin não tirava da cabeça a ideia de construir o seu próprio "jetski dos céus".

Finalmente o seu sonho tornou-se realidade no passado dia 12 de Maio, depois de ter conseguido pôr um manequim a elevar-se a 1500 metros do chão e a sobrevoar as colinas da ilha de Canterbury, sul da Nova Zelândia.

O voo inaugural foi acompanhado de perto por Glenn Martin, que viu tudo a bordo de um helicóptero que voava próximo e que confia tanto no sucesso deste projecto que até hipotecou a casa.

Depois de 30 anos de um laborioso desenvolvimento e de um voo inaugural com sucesso, o inventor do jetpack (mochila a jacto) quer agora comercializar o seu invento, que poderá estar no mercado dentro de 18 meses.

"As primeiras pessoas a usá-lo [o jetpack] em cidades serão o pessoal médico na realização de trabalhos de emergência", afirmou Glenn Martin, citado pela AFP. "Poderemos de seguida equipá-lo com câmaras, para as rubricas de trânsito, e depois usá-lo para irmos para o trabalho ou para nos divertirmos", acrescentou.

Glenn Martin explicou que desde muito novo que acalentava o sonho de ter um dispositivo semelhante a um jetpack: "Eu queria uma coisa destas quando tinha cinco anos e fiquei desiludido quando percebi que elas não existiam e pensei, ‘se não existem, eu preciso de as inventar", disse à AFP, em sua oficina, na cidade de Christchurch.

Martin prevê que, até ao final de 2012, grandes clientes comerciais vão estar a utilizar a sua máquina voadora, que ainda está em fase final de testes.

O inventor espera lançar este meio de transporte no mercado já em 2012 por cerca de 100 mil dólares.

No ano passado, a revista “Time” mencionou a invenção de Martin como uma das mais aguardadas do mundo.

Este jetpack é muito maior que protótipos apresentados anteriormente e consiste num par de cilindros contendo hélices de propulsão presas a uma moldura de fibra de carbono. O piloto apoia as costas na moldura e controla o equipamento usando dois joysticks, indica a AFP.

Depois de muitos protótipos, o modelo que Martin espera produzir em breve foi desenhado para se enquadrar nos padrões americanos de ultraleves, uma vez que pesa menos de 115 quilos e carrega um tanque de combustível de 20 litros.

Teoricamente, estas características permitem percorrer uma distância de 50 km em 30 minutos, embora Martin esteja já a trabalhar para dilatar esta distância.

Segundo o inventor, aprender a dominar a máquina voadora leva menos de uma hora. Se alguma coisa correr mal, o equipamento está equipado com um pára-quedas.

Martin explicou ainda que o seu invento funciona com gasolina tradicional: "As pessoas podem voar até à bomba de gasolina mais próxima, comer uma sandes, beber uma Coca-cola e voltar a partir".

Mas, na prática, este invento poderá demorar algum tempo até que se transforme numa realidade. A legislação americana, por exemplo, proíbe que os ultraleves sobrevoem áreas onde há construção.

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