Esta parece ser a tendência de Paulo Bento - aceitar lugares de risco. Nos dois desafios que decidiu aceitar, conseguiu superar os maus resultados dos antecessores e impor-se. Foi assim no Sporting e na selecção portuguesa. O técnico de 41 anos obteve até um melhor registo nesta sua segunda experiência como treinador principal ao serviço da Federação Portuguesa de Futebol: nos primeiros sete jogos, obteve 5 triunfos na selecção (contra 4 no Sporting), marcando mais golos (15 contra 12) e sofrendo menos (5 contra 6).

Quando, a 23 de Outubro de 2005, Bento se estreou no banco do Sporting em Barcelos, com apenas 35 anos, estava a sentir pela primeira vez como treinador a experiência ao mais alto nível. Ao empate (2-2) com o Gil Vicente, seguiu-se a vitória sobre o Varzim e novo empate no Bessa, ante o Boavista. Tirou o Sporting do sétimo posto e, no final da época, levou os “leões” ao segundo lugar, atrás do FC Porto. Em Alvalade passaria mais três épocas, até sair, a 6 de Novembro de 2009.

Quase um ano depois, a 21 de Setembro de 2010, Paulo Bento, com 41 anos, foi designado novo seleccionador nacional, com contrato assinado até 2012. Estreou-se na selecção com uma vitória no Dragão sobre a Dinamarca, por 3-1 (com dois golos de Nani e outro de Ronaldo). Seguiu-se a Islândia (3-1) e, agora, a Noruega (1-0), se contarmos apenas com os jogos oficiais. Pegou na equipa com um empate caseiro comprometedor frente a Chipre (4-4) e um desaire em Oslo (1-0), era Agostinho Oliveira o técnico interino.

Nos quatro jogos particulares, Bento registou uma goleada frente à campeã do mundo Espanha (4-0) e uma vitória sobre a Finlândia (2-0). Registou também um desaire, o único desde que chegou à selecção, ante a Argentina em Genebra (1-2, com um penálti de Messi no último minuto) e um empate com o Chile (1-1).