Sócrates lamenta “poucos segundos de televisão”
No tradicional almoço dos socialistas na Cervejaria Trindade, em Lisboa, momento que antecede a descida do Chiado, José Sócrates fez o elogio da “entrega”, “energia” e “vibração” que viu, ao longo destas semanas, “de Norte a Sul do país”.
A mobilização dos seus apoiantes, explicou, significa que o PS “é um partido com enorme adesão popular” e “continua a ser aquilo que os seus fundadores queriam”, numa referência à história do PS.
Seguindo o guião das últimas duas semanas, não deixou de apostar, neste último dia de campanha, na auto-complacência, afirmando que os ataques de que foi alvo não atingiram apenas “as ideias”: "[Existiram] também ataques pessoais dirigidos e orientados para me ferir pessoalmente”, disse, notando que os incidentes ocorridos durante a campanha resultaram destes ataques.
Esta tarde, porém, surgiu um novo tema no discurso: a comunicação social, que, recorde-se, nas eleições de 2009, foi acusada por Sócrates de orquestrar uma “campanha negra” contra ele.
Hoje, tentando refutar aqueles que o acusam de não apresentar novas propostas, sustentou: “São poucos os segundos de televisão a que um pobre político tem direito”, dispensando, implicitamente, todas as acções de campanha eleitoral e os mais de cinco mil quilómetros percorridos.
Depois, veio a referência, com um toque de desprezo, aos jornais. “Não peço que olhem para os jornais. Não é coisa que me ocorra dizer. Mas olhem pelo menos para uma pequena notícia sobre o aumento do número de mestrados.”
Notícia alterada às 21h15. Faltava a assinatura da autora