Pepinos portugueses começaram a ser analisados
Fonte do INSA, o organismo de referência para este caso, revelou à Agência Lusa que a começaram hoje a ser analisadas nas instalações deste instituto no Porto, através do Departamento de Alimentação e Nutrição.
O INSA não revela, contudo, a origem das amostras em análise, por questões de confidencialidade.
As análises em questão visam detectar a presença da bactéria Escherichia coli enterohemorrágica. No caso de se confirmar a presença desta que é a mais perigosa estirpe da E.Coli, o assunto será encaminhado para o departamento das doenças infecciosas do INSA, adiantou a mesma fonte.
Hoje mesmo a Direcção-Geral da Saúde (DGS) considerou que constitui um alerta de saúde pública o Síndrome Hemolítico Urémico (HUS), a mais perigosa estirpe da bactéria E. Coli (EHEC), devido ao aumento inesperado do número de casos na Alemanha.
A DGS já encaminhou para os médicos as orientações necessárias para a detecção precoce e tratamento de eventuais casos que possam ocorrer em Portugal.
Numa orientação divulgada hoje no seu site, a DGS refere que se deve proceder ao encaminhamento para uma unidade hospitalar dos doentes que apresentem suspeitas de diagnóstico de HUS, gastroenterite com diarreia sanguinolenta de início recente e história de consumo de alimentos crus e sem outro diagnóstico etiológico e que tenham viajados recentemente para o Norte da Alemanha.
Por sua vez, a unidade hospitalar deve proceder ao alerta imediato dos casos suspeitos de infecção por Escherichia coli enterohemorrágica para a Direcção-Geral da Saúde.
Segundo a DGS, a doença transmite-se principalmente através da ingestão de alimentos contaminados com fezes de ruminantes e transmissão directa pessoa a pessoa, podendo também ocorrer em comunidades fechadas.
Os sintomas da doença são enterite aguda, com febre, vómitos, dor abdominal e diarreia sanguinolenta, refere a DGS, adiantando que o período de incubação é de três a oito dias.