Dirigente da FIFA diz que Qatar comprou Mundial 2022

Foto
Valcke (à esquerda) diz que o seu email foi mal interpretado Arnd Wiegmann/Reuters

A FIFA tem sido uma fonte inesgotável de escândalos e suspeitas de corrupção. Desta vez foi Jack Warner, um dos "vices" que foi suspenso, a revelar o conteúdo de um email que lhe foi enviado pelo secretário-geral do organismo, Jerôme Valcke, em que o francês sugeria que o Qatar teria "comprado" o direito de organizar o Mundial 2022 quando se referia ao qatari Mohammed bin Hamman, que retirou a sua candidatura à presidência da FIFA por alegações de corrupção.

"Se calhar, ele pensava que podia comprar a FIFA como o Qatar comprou o Mundial", escreveu Valcke no email a Warner. O Qatar não demorou muito a pedir explicações sobre estas alegações do dirigente francês, defendendo-se de quaisquer acusações de corrupção.

Valcke, entretanto, já explicou o conteúdo do email, admitindo que este é verdadeiro, mas negando que estava a sugerir actos de corrupção por parte da candidatura do Qatar. "O que eu quis dizer foi que o Qatar usou o seu poder financeiro para fazer 'lobby'. Não fiz quaisquer referências a alguma compra de votos ou a outros comportamentos que não fossem éticos", afirmou Valcke em comunicado, acrescentando que não há qualquer inquérito aberto na comissão de ética da FIFA respeitante ao processo de atribuição do Mundial 2022.

Mohammed bin Hamman retirou a sua candidatura à presidência da FIFA, em que era o único adversário do actual presidente Sepp Blatter, depois de ter sido acusado do suborno de 25 membros das Caraíbas durante um acto de campanha. A FIFA escolhe o seu novo presidente na quarta-feira.

Sugerir correcção
Comentar