Blatter e os escândalos da FIFA: "Crise? Qual crise?"

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Blatter é o único candidato nas eleições desta quarta-feira Arnd Wiegmann/Reuters

O que quase todo o mundo chama crise, Sepp Blatter, presidente da FIFA, chama de "dificuldades". Em conferência de imprensa nesta segunda-feira, o líder do organismo que tutela o futebol mundial nega que exista crise, apesar das suspeitas de corrupção que envolvem a FIFA e que afastaram Mohammed bin Hamman da corrida eleitoral.

"Crise? Qual crise? Ofutebol não está em crise. Acabámos de ver uma bela final da Liga dos Campeões, com 'fair play'. O futebol está a ter algumas dificuldades e vamos resolvê-las dentro da nossa família", declarou o suíço, que deverá ser eleito, sem oposição, para um quarto mandato como líder da FIFA.

Blatter reconhece, no entanto, que a imagem da FIFA tem sofrido com as alegações de corrupção que envolveram a atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022, respectivamente, à Rússia e ao Qatar, mas que não há nenhum inquérito do comité de ética sobre o processo de escolha dos organizadores destes torneios. "Não vamos tocar nos Mundiais de 2018 e 2022. Lamento que o que aconteceu nos últimos dias tenha prejudicado a imagem da FIFA e que tenha provocado alguma desilusão nos adeptos", frisou Blatter, que foi ilibado de quaisquer actos ilícitos, ao contrário do seu ex-rival nas eleições desta quarta-feira, o qatari Bin Hamman, que é acusado de tentar comprar os votos dos membros das Caraíbas e que desistiu das eleições, para além de ter sido suspenso, tal como Jack Warner, vice-presidente da FIFA, de Trindade e Tobago.

Segundo Blatter, as eleições às quais ele é o único candidato podem ser canceladas se houver acordo para que tal aconteça de 75 por cento das 208 federações nacionais que integram o organismo. "Se alguém quiser mudar alguma coisa nas eleições, são estes os membros da FIFA", acrescentou.

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