Mais de 150 golfinhos morreram este ano por causa da maré negra no Golfo do México

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O equivalente a quatro milhões de barris de hidrocarbonetos foi derramado para as águas Foto: Sean Gardner/Reuters

Os mais de 150 golfinhos encontrados mortos no Golfo do México desde o início do ano, número anormalmente elevado, explica-se com a maré negra de 2010 e com os dispersantes químicos utilizados para a combater, revela hoje um relatório norte-americano.

Desde Janeiro, 153 golfinhos apareceram mortos nas águas do Golfo do México, que tocam cinco estados norte-americanos, segundo a Agência oceânica e atmosférica americana (NOAA, sigla em inglês). Desses animais, 65 ainda eram crias.

Os cadáveres foram encontrados na zona mais atingida pela maré negra, causada aquando da explosão da plataforma petrolífera Deepwater Horizon, explorada pela BP, a 20 de Abril de 2010. Em três meses, o equivalente a quatro milhões de barris de hidrocarbonetos foi derramado para as águas.

Segundo Bobby Jindal, governador do estado do Louisiana, 7,6 milhões de litros de dispersantes químicos foram utilizados para tentar manter afastada grande parte da mancha de petróleo.

“O petróleo e os dispersantes afectaram a cadeia alimentar. Isso poderá ter impedido as mães golfinhos de se alimentarem de maneira adequada e assim desenvolver a camada de gordura necessária” para se protegerem a si próprias e às suas crias do frio, explica Graham Worthy, especialista da Universidade do Centro da Florida.

De acordo com Worthy, as temperaturas anormalmente baixas deste Inverno, conjugadas com as consequências da maré negra no organismo destes mamíferos levaram ao “desastre do século”, a morte de muitos golfinhos, cujos cadáveres apareceram ao largo das costas do Texas, Louisiana, Mississípi, Alabama e Florida.

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