Chumbo da oposição ao novo plano grego coloca empréstimo em risco

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Primeiro-ministro grego (à esquerda) recebeu hoje os vários líderes da oposição John Kolesidis/Reuters

Nova Democracia acaba de recusar medidas de austeridade apresentadas ontem pelo executivo de Papandreou. País poderá não receber tranche de 12 mil milhões.

Num comunicado divulgado há cerca de 30 minutos, o líder do maior partido da oposição, Antonios Samaras, explica que “não irá concordar com a fórmula falsa que foi acordada o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Alguns pontos são positivos”, diz, fazendo referência ao alargamento das privatizações aos correios e aos portos. No entanto, o responsável máximo do conservador Nova Democracia sublinha que “estão inseridos num grande erro e não são uma solução”.

Samaras, que esteve hoje de manhã reunido com o primeiro-ministro grego, George Papandreou, decidiu, por isso, chumbar as novas medidas de austeridade, concebidas pelo Governo para garantir a entrega da quinta tranche do empréstimo negociado com a União Europeia (UE) e o FMI.

O líder do maior partido da oposição acusa ainda o actual executivo de “não explicar o que falhou” no último ano. A Grécia é acusada de não cumprir as reformas estruturais negociadas nessa altura com as autoridades externas, em troca de um empréstimo global de 110 mil milhões de euros.

Papandreou começou hoje uma ronda negocial com os partidos da oposição, mas o chumbo já era considerado um cenário provável, apesar de o ministro das Finanças, George Papaconstantinou ter alertado para o risco de bancarrota se Atenas não receber a quinta tranche do empréstimo. A UE e o FMI apelaram a um consenso político e exigem que o Governo grego implemente as medidas acordadas para a ajuda prosseguir.

Notícia actualizada às 13h22A jornalista viajou a convite da TAP
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