Um desfile mais acidentado que o trajecto na Liga Europa

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Fernando Veludo/nFactos

Quando, perto das 20h20, o autocarro que transportava os vencedores da Liga Europa surgiu no topo dos Aliados, metade da avenida mudou de lado. Foi como se a baixa do Porto tivesse estremecido. Num abrir e fechar de olhos, a comitiva já tinha milhares de adeptos aos pés.

Longa se tornou a espera dos seguidores do campeão nacional/detentor da Liga Europa/potencial vencedor da Taça de Portugal. Ainda não eram 18h00 quando o avião que transportou a equipa aterrou no Aeroporto de Sá Carneiro e nem as previsões mais pessimistas apostariam num trajecto de duas horas e meia até ao centro do Porto.

Helton saiu do avião com o troféu em punho e trouxe atrás de si um novelo de sorrisos. Daí até à cobertura do autocarro engalanado para o efeito - "À conquista da Europa", podia ler-se na frente do veículo - foi um pulo. João Moutinho filmava, Walter fotografava, Sapunaru empunhava a costumeira garrafa de champanhe. À sua volta, uma amostra do que encontrariam na Baixa da cidade.

Começava aí a mini-odisseia "azul-e-branca". Início do percurso às 18h20, primeira avaria às 18h50. Solução improvisada: água no radiador e fôlego para mais uns quilómetros. Poucos, por sinal. Pararia mais uma e outra vez, já depois de uma nova tentativa de cura. Às 19h50, os campeões procuravam outra boleia. O dia da consagração afigurava-se mais acidentado que o percurso triunfal na Europa.

Novo autocarro, o mesmo trajecto. Com as faixas de ocasião colocadas à pressa, seguiu viagem para os Aliados, onde chegaria meia hora mais tarde. À espera, uma avenida vestida de azul, uma mega-faixa dos SuperDragões, milhares de folhetos de homenagem ao clube. Falcao, Hulk e companhia retribuíram a paciência e o apoio com a oferta de cachecóis. E sorrisos - muitos. E cânticos. E a espera passou a valer a pena.

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