Génio de Messi e decisão polémica do árbitro deixam o Real muito longe de Wembley

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Messi marcou os dois golos do triunfo catalão em Madrid Sergio Perez/Reuters

O Barcelona foi a Madrid bater o Real por 2-0 no jogo da primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões. A segunda mão está marcada para a semana, na Catalunha.

O génio de Lionel Messi transformou ontem a meia-final da Liga dos Campões num verdadeiro pesadelo para o Real Madrid. O argentino marcou dois golos na segunda parte da partida disputada no Santiago Bernabéu, um deles absolutamente espectacular, e deixou a sua equipa muito mais perto de Wembley. Os dois golos sem resposta acabam por transferir para o resultado a superioridade do Barcelona, mas Messi só apareceu depois de um erro do árbitro da partida que expulsou Pepe sem razão (Mourinho também foi expulso). Com apenas dez jogadores, o Real não teve capacidade para resistir ao adversário que, além da vantagem, irá receber ainda um adversário desfalcado de Pepe e Sérgio Ramos (viu um amarelo e terá um jogo de castigo).

A primeira parte foi, sobretudo, de muita tensão e pouco futebol. Os problemas começaram ainda antes da partida se iniciar com o Barcelona a apresentar uma queixa à UEFA por o Real não ter regado o relvado uma hora antes do jogo. E continuaram à saída para o intervalo, altura em que Arbeloa se desentendeu com Keitá. O suficiente para que Pinto agredisse o jogador do Real Madrid, envolvendo-se depois com o delegado do Real, Chendo. Conclusão: o guarda-redes suplente do Barcelona foi expulso.

Para trás ficou uma primeira parte do jogo sem grande emoção. Em boa parte pela estratégia de Mourinho que apostou, sobretudo, em travar a circulação de bola do adversário. Pepe, por exemplo, jogou como médio interior e foi uma sombra para Messi, quebrando em terrenos adiantados qualquer iniciativa do argentino. Resultado: o Barça teve mais posse de bola, mas poucas oportunidades para chegar à baliza de Casillas. Os homens da casa, porém, também nunca tiraram partido dos passes longos para Cristiano Ronaldo. O internacional português, ainda assim, foi o protagonista da única oportunidade do Real nos primeiros 45’, graças a um remate de fora da área.

Mourinho revoltado

Os merengues entraram na segunda parte a pressionar melhor, com Adebayor no lugar de Özil. Mas, aos 61’, veio a decisão polémica do árbitro da partida Wolfgang Stark que expulsou Pepe por uma entrada sobre Dani Alves (Mourinho protestou e acabou o jogo na bancada). O Real terminou nesse momento.

Sem Pepe em campo e o Barcelona com um surpreendente Afellay no flanco direito, apareceu finalmente o génio de Lionel Messi. O argentino aproveitou (76’) um cruzamento espectacular do extremo holandês e abriu o marcador. Mas o melhor de Messi surgiu aos 86’, ao conseguir o segundo golo numa jogada em que pegou na bola perto do meio-campo, tabelou com um colega, passou por três adversários e bateu Casillas.

No final, Mourinho criticou o árbitro e lamentou a sua expulsão. “Não disse nada ao árbitro, apenas me ri e aplaudi. Se disser o que penso a minha carreira acaba aqui. Não sei se é pelo poder de Villar na UEFA ou pela UNICEF. Não entendo. Sim já estamos eliminados. Temos de ir a Barcelona com todo o nosso orgulho, sem o Pepe que não fez nada, sem Ramos que não fez nada e sem treinador”, concluiu o treinador português.

Real Madrid 0
Barcelona 2

Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid. Assistência Cerca de 75 mil espectadores

Real Madrid

Casillas, Arbeloa, Albiol, Sérgio Ramos, Marcelo, Lass Diarra, Xabi Alonso, Pepe, Ozil (Adebayor, 46’), Di Maria e Cristiano Ronaldo.


Treinador

José Mourinho

Barcelona

Valdes, Daniel Alves, Mascherano, Pique, Puyol, Busquets, Xavi, Keita, Pedro (Afellay, 71’), Messi e Villa (Sergi Roberto, 90’).


Treinador

Pep Guardiola

Árbitro Wolfgang Stark, da Alemanha. Amarelos Arbeloa (40’), Daniel Alves (44’), Sergio Ramos (53’), Mascherano (57’) e Adebayour (83’).
Vermelho directo Pinto, suplente (intervalo), e Pepe (61’). José Mourinho, expulso do banco (63’).

Golos

0-1, por Messi, aos 76’


0-2, por Messi, aos 87’


Notícia actualizada às 23h02
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