Forças Armadas precisam de 233 milhões de euros para salários e pensões

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Paulo Contreras diz que tem faltado dinheiro para a componente operacional, especialmente no Exército e Marinha Foto: Enric Vives-Rubio/arquivo

Segundo noticia hoje o “Correio da Manhã”, dos 233 milhões em falta, a maior parte dizem respeito a salários (151 milhões de euros); 16,76 milhões referem-se a pensões de reserva e 54,7 milhões a descontos para a Caixa Geral de Aposentações e Segurança Social.

A situação levou o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, a admitir a necessidade de pedir ao ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, “a antecipação total dos duodécimos das rubricas de despesas com pessoal e Segurança Social” e “a desactivação das verbas” do orçamento do Ministério da Defesa para 2011, no valor de 78,49 milhões de euros, acrescenta o jornal.

Associação de Sargentos já tinha advertido ministro para falta de dinheiro

A Associação Nacional de Sargentos afirmou hoje que já no mês passado tinha advertido o ministro da Defesa da falta de dinheiro nas Forças Armadas. O presidente desta associação, Paulo Contreras, explicou à Lusa, que chamou a atenção do ministro para o facto de “os orçamentos das Forças Armadas nos últimos anos terem sido sub-orçamentados. À partida já sabemos que os gastos com pessoal apenas são orçamentados no Orçamento geral do Estado abaixo do valor real”.


Paulo Contreras assegurou que até agora não faltou dinheiro para pagar os ordenados, mas tem faltado para a componente operacional, especialmente no Exército e Marinha.

“Falta é dinheiro (...) para a componente operacional que tem sido a mais sacrificada. Isso também nos deixa muito preocupados por causa do empenho das forças armadas portuguesas em missões de ajuda ao país em busca e salvamento, combate a incêndios, entre outras. São essas missões que poderão estar em risco e isto por via de uma orçamentação que é viciada à partida”.

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