Bruxelas defende normas comuns para centrais nucleares europeias
“Esperamos instruções claras da reunião dos dirigentes da UE de quinta e sexta-feira”, comentou Oettinger, referindo-se à próxima cimeira europeia, durante uma audição organizada pelos deputados liberais do Parlamento Europeu.
“A situação na central de Fukushima no Japão continua a ser perigosa, porque os problemas ainda não foram resolvidos e estão longe de o ser”, acrescentou.
Actualmente, cerca de 30 por cento da electricidade na Europa é fornecida pelas centrais nucleares. “O nuclear vai continuar a ser uma fonte de energia a curto, mas também a médio e a longo prazo”, garantiu o comissário.
Até ao final do ano, todas as centrais nucleares europeias serão passadas a pente fino. Na segunda-feira, os ministros da Energia dos 27 Estados membros acordaram, numa reunião extraordinária, submeter as centrais a testes para medir a sua resistência a eventuais sismos, acidentes e atentados terroristas. Mas, no entender de Oettinger, estes testes são apenas uma etapa, “não serão suficientes”. “A União Europeia deve dotar-se de normas de segurança comuns, que tenham em consideração os factores naturais e os factores tecnológicos”, explicou.
“A minha missão é determinar quais serão os perigos e os riscos para as centrais existentes”, disse o comissário. “Devemos fazer com que todos na Europa aceitem estas normas comuns.”
O tsunami causado pelo sismo de magnitude 9,0 no Japão interrompeu o fornecimento de electricidade à central nuclear de Fukushima Daiichi que tem registado fugas de radiação.