Rui Gomes da Silva: “Esta direcção do Benfica não se revê em qualquer tipo de represálias”

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O vice-presidente do Benfica pediu aos adeptos para não retaliarem Foto: Rafael Marchante/Reuters

O vice-presidente do Benfica Rui Gomes da Silva condenou nesta terça-feira o apedrejamento da comitiva “encarnada” após o jogo em Paços de Ferreira e apelou aos adeptos para não retaliarem.

“Esta direcção do Sport Lisboa e Benfica não revê em qualquer tipo de represálias que possam resultar da sequência dos sucessivos incidentes de que os nossos atletas e dirigentes têm sido vítimas”, disse Rui Gomes da Silva, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas.

O “vice” do Benfica terminou a declaração a repetir o apelo para que “nenhum sócio, simpatizante ou adepto do Benfica caia na tentação de reagir da mesma maneira”.

Na mensagem lida no Estádio da Luz, Rui Gomes da Silva disse que a comitiva do clube, “num acto premeditado e executado com precisão, foi cobarde e violentamente atacada.”

“O que se passou ontem – que fique bem claro – não representa o futebol ou os seus adeptos. Não representa uma região ou cidade. Representa, apenas, um grupo de vândalos, que tem beneficiado da clandestinidade das suas acções”, acrescentou o dirigente “encarnado”.

Leia na íntegra a declaração de Rui Gomes da Silva

“Ontem, uma hora e trinta e cinco minutos depois do fim do jogo em Paços de Ferreira, a comitiva do Sport Lisboa e Benfica, num acto premeditado e executado com precisão, foi cobarde e violentamente atacada.O País, através das imagens, foi testemunha deste ataque inqualificável, que diz bem do carácter e do propósito dos seus autores.
Todos assistimos – chocados e incrédulos - à repetição de actos que, infelizmente, vêm manchando o futebol português.
O que se passou ontem – que fique bem claro – não representa o futebol ou os seus adeptos. Não representa uma região ou uma cidade. Representa, apenas, um grupo de vândalos, que tem beneficiado da clandestinidade das suas acções.
Todos temos a obrigação de condenar, com clareza, actos deste tipo.
O que aconteceu ontem nada tem a ver com rivalidade ou com futebol; tem a ver com criminalidade.
O que se passou ontem também não tem a ver com o Sport Lisboa e Benfica, mas com o País que somos e com o País que queremos ser.
Já houve demasiados incidentes e o de ontem à noite – só por um feliz acaso – é que não ganhou proporções maiores, que hoje todos estaríamos a lamentar.
Mas a nossa obrigação não pode passar apenas por condenar a violência, qualquer que seja a forma por que ela se manifeste.
A nossa obrigação, porque somos um Clube responsável, com uma história centenária, é evitar agir da mesma forma.
Esta Direcção do Sport Lisboa e Benfica não se revê em quaisquer tipo de represálias que possam resultar da sequência dos sucessivos incidentes de que os nossos atletas e dirigentes têm sido vítimas.
A nossa grandeza e o nosso carácter devem levar-nos a pensar que somos o que somos porque não nos revemos neste tipo de acções.
Quero acabar, em nome da Direcção do Sport Lisboa e Benfica e da Administração da SAD, repetindo o nosso apelo para que, independentemente do repúdio a este tipo de actos, nenhum sócio, simpatizante ou adepto do Benfica, caia na tentação de reagir da mesma maneira.
O futebol é paixão e rivalidade, não é violência nem criminalidade. Não pode valer tudo e aqueles que acham que sim, estão a matar o futebol!”

Notícia actualizada às 18h12
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