Presidente da Federação de ciclismo “siderado” com descida do IVA para o golfe

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O presidente da Federação de ciclismo quer igualdade de tratamento Foto: Paulo Ricca

Artur Lopes, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) afirmou ter ficado “siderado” com a redução da descida do IVA no golfe, de 23 para seis por cento.

“Sabendo todos dos benefícios para a saúde da prática desportiva, parece-me da mais elementar justiça que se democratize o acesso ao desporto, diminuindo as taxas de IVA, mas para todas as modalidades e não apenas para uma”, frisou Artur Lopes, numa carta enviada ao secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, divulgada no sítio oficial na Internet da FPC.

Artur Lopes confessa ter tido conhecimento da redução do IVA, de 23 para seis por cento, com “profundo desencanto e estupefacção”, enaltecendo a luta pela “equidade no tratamento dos diversos desportos”. “Caso a notícia esteja correta, não posso deixar de manifestar o mais vivo descontentamento com mais esta discriminação de que o ciclismo é alvo, juntando-se a outras, como a questão dos custos de policiamento, que continua por resolver há dezenas de anos”, referiu.

Recuperando a justificação de “interesse turístico” para a descida do IVA, Artur Lopes questiona Laurentino Dias: “Se um evento de enorme impacto internacional como a Volta ao Algarve em Bicicleta não mereceria maior atenção e apoio do que aqueles que tem recebido?”.

Também esta quinta-feira, a Associação de Ciclismo do Minho (ACM) solicitou novamente uma audiência ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, para contestar “os elevados custos com o policiamento”, admitindo uma “iminente interrupção das provas de ciclismo”.

De acordo com a ACM, o “abrupto agravamento dos custos de policiamento em 2011” já foi sentido no último Prémio de Ciclismo Cidade de Fafe, quando “as autoridades policiais reclamaram o pagamento de 1.468,48 euros”, contra os 514,43 euros de 2010, para um “percurso de 70 quilómetros, em tudo idêntico ao do ano passado”.

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